Intervenção não fechará fronteiras, garante Temer Presidente rebate o interventor de Roraima ao dizer que a entrada de venezuelanos não será proibida

Publicação: 11/12/2018 03:00

O presidente Michel Temer afirmou ontem que não haverá restrição à entrada de venezuelanos em Roraima. Apesar da crise local, que provocou intervenção federal no estado, iniciada ontem, o presidente reiterou que os venezuelanos não serão impedidos de entrar no Brasil. Segundo Temer, o governador eleito, Antonio Denarium, não se opôs à manutenção da política. Denarium foi nomeado interventor até o dia 31 de dezembro. Anteontem, Denarium afirmou à Globonews que faria um trabalho conjunto com o governo federal para limitar o ingresso dos imigrantes.

“A nossa política é uma política de apoio aos refugiados desde o primeiro momento. Nós mandamos transmitir ao interventor ontem essa notícia, e ele acordou imediatamente”, disse Michel Temer, após cerimônia de apresentação das cartas credenciais de novos embaixadores no Palácio do Planalto.

Segundo decreto publicado na manhã de hoje, a intervenção federal em Roraima foi definida em decorrência do “grave comprometimento da ordem pública”, devido a problemas relacionados à segurança e ao sistema penitenciário do estado. Agentes penitenciários estaduais deixaram de trabalhar e policiais civis deflagraram paralisação de 72 horas em razão de meses de salários atrasados. A crise também tem afetado a atuação da Polícia Militar.

Temer disse esperar que a situação se normalize em “brevíssimo tempo”. A intervenção precisa ser votada no Congresso Nacional, embora já esteja vigorando. O presidente ressaltou o apoio dos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-Rj), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).

“O presidente Rodrigo Maia participou desde a primeira reunião, e o presidente Eunício participou telefonicamente desde o primeiro instante (em) que eu fiz comunicação, especialmente da reunião do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional. (…) Eu acredito que, entre hoje ou amanhã – talvez amanhã, não é? –, eu consiga aprovar a intervenção”, acrescentou Temer. (Com as agências Brasil e Estado)