Advogados negam delação de clientes Defensores de acusados presos pelo assassinato da vereadora Marielle Franco afirmam que eles não conheciam a vítima e negam participação no crime

Publicação: 14/03/2019 03:00

Advogados do sargento reformado Ronnie Lessa e do ex-policial militar Elcio Vieira de Queiroz, acusados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, negaram que seus clientes pensem em fazer delação premiada. O advogado Henrique Telles, que atua na defesa de Lessa, afirmou ainda que o seu cliente “sequer havia ouvido falar em Marielle”. Queiroz, Lessa e Alexandre Mota de Souza, que é amigo de infância de Lessa e guardava fuzis em sua casa no bairro do Meier, prestaram depoimento hoje na Delegacia de Homicídios (DH). Os depoimentos foram sobre porte ilegal de armas e não sobre o caso Marielle.

A polícia afirma que não tem dúvidas de que os fuzis encontrados no Meier eram de Lessa. A audiência de custódia de Lessa e Queiroz está prevista para hoje. De lá, os dois devem voltar para a DH para prestarem depoimento, aí sim, sobre o caso Marielle. A expectativa era que os acusados fossem levados para Bangu, mas até ontem não havia confirmação.

Outros citados prestaram depoimento do DH ontem. Entre eles, três policiais militares, dois empresários e um bombeiro.

EXPULSÃO
Em reunião da executiva nacional do DEM, o partido referendou por unanimidade a expulsão de Elcio Queiroz, preso sob a acusação de dirigir o Cobalt usado na morte da vereadora do Rio de Janeiro Marielle. Elcio já havia sido expulso do partido oficialmente na terça-feira. Ontem, no entanto, a decisão foi referendada pelos membros que participaram da reunião.

O encontro foi realizado no Senado com a participação do presidente da legenda, o prefeito de Salvador (BA), ACM Neto, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (AP), o da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina (MS), entre outros. (Agência Estado)