Brasil decide adquirir doses da vacina da Pfizer Imunizante é o único com registro definitivo no Brasil. Principal entrave na compra dos lotes foi cláusula no contrato não aceita pelo governo federal

Publicação: 04/03/2021 03:00

Após meses de negociação, o governo federal decidiu ontem comprar a vacina contra a Covid-19 produzida pela Pfizer/BioNTEch. A vacina é única que possui registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e poderá ser usada até mesmo no público que não é considerado de risco. A informação ainda não foi confirmada pelo Ministério da Saúde, que está elaborando uma nota, mas foi divulgada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pelas redes sociais.

O senador atuou na articulação para que o país adquirisse doses da Pfizer, participando de reuniões junto com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e dirigentes da farmacêutica. Ele também se reuniu na semana passada com um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), seu opositor politicamente.

“Finalmente, o governo decidiu adquirir a vacina da Pfizer. Demorou, mas foi fundamental a mobilização que fizemos aqui no Congresso para, em prazo recorde, aprovarmos uma lei que cria as condições para que esta vacina entre em território nacional”, disse Randolfe em vídeo divulgado no Twitter.

A compra foi anunciada um dia após a aprovação do Projeto de Lei (PL) 534/21, do Senado Federal, que também autoriza a União, os estados e os municípios a assumirem a responsabilidade de indenizar os cidadãos por eventuais efeitos colaterais provocados pelas vacinas. O principal entrave na compra da vacina da Pfizer alegado pelo governo federal foi a existência de cláusulas no contrato que garantiam a isenção de responsabilidade sobre efeitos colaterais por parte da farmacêutica.

JANSSEN

Depois de confirmar a compra da vacina da Pfizer, o Ministério da Saúde avança para a fase final de negociação a compra da vacina da Janssen. O cronograma proposto, entretanto, segue um pouco distante, com previsão de disponibilidade de 16,9 milhões de doses entre julho e setembro e 21,1 entre outubro e dezembro. (Correio Braziliense)