Varíola dos Macacos chega ao Nordeste Ceará confirmou o primeiro caso ontem, ainda não atestado pelo Ministério da Saúde, que aponta a doença em SP, RJ, MG e RS, atingindo 37 pessoas

Publicação: 01/07/2022 03:00

A Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) confirmou, ontem, o primeiro caso de varíola dos macacos no estado. De acordo com o órgão, o paciente reside em Fortaleza, tem 35 anos, é brasileiro e, recentemente, viajou para São Paulo e Rio de Janeiro, onde já existem casos confirmados da doença.

Ao todo, o Ceará contabiliza 11 casos em investigação: Fortaleza (5); Caridade (1); Ocara (1); São Gonçalo do Amarante (1); Cedro (1); Caucaia (1); Russas (1). Todos os pacientes sob suspeita da doença seguem em isolamento. De acordo com a Sesa, materiais foram coletados para a realização de exames laboratoriais para confirmação ou descarte das suspeitas.

Segundo informações do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro o total de casos no Brasil chega a 37, mas sem contabilizar o caso do Ceará. A secretaria confirmou ontem o sexto caso no estado. Agora, são cinco ocorrências na capital e uma na cidade de Maricá, no Grande Rio. Já Minas Gerais confirmou o seu primeiro caso, um homem com 33 anos, que esteve na Europa no período entre 11 e 26 deste mês. Segundo a Secretaria de Saúde mineira, trata-se de um caso importado.

Segundo o Ministério da Saúde, São Paulo tem 28 casos confirmados. Somando-se os dois registros do Rio Grande do Sul e os do Rio e de Minas, o Brasil chega a 37 casos.
 
FIOCRUZ

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que concluiu o sequenciamento genético do vírus Monkeypox (MPXV), que causa a varíola dos macacos, coletado de um paciente do Rio de Janeiro. Por meio de nota à imprensa, a instituição informou que se trata de um vírus do clado B.1 (grupo de organismos originados de um único ancestral comum exclusivo), o que mais circula atualmente.

De acordo com a Fiocruz, sua Rede Genômica fez uma análise metagenômica, com o uso da tecnologia Illumina. A amostra foi retirada de um paciente que foi atendido no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio.

“A técnica permite o detalhamento do DNA do patógeno, contribuindo para um melhor entendimento do atual surto – que já ultrapassa 4,7 mil casos pelo mundo, segundo dados reunidos pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC/EUA)”, informa a nota. (Da Redação, com Agência Brasil)