Fraudes deram prejuízo de R$ 336,8 bilhões
Desse valor, R$ 95 bilhões referem-se a tributos não recolhidos. Atividades fraudulentas deixaram de gerar 535,7 mil empregos formais
Publicação: 05/08/2022 03:00
Contrabando, pirataria, roubo, concorrência desleal por fraude fiscal, sonegação de impostos e furto de serviços públicos são algumas das ações ilegais que provocaram prejuízo econômico de R$ 336,8 bilhões ao país em 2021. Deste total, R$ 95 bilhões referem-se a tributos não recolhidos pelos governos.
Os dados constam da nota técnica Brasil Ilegal em Números, levantamento feito pela Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ) e Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), divulgado ontem.
No início do ano, as entidades criaram o Grupo de Trabalho (GT) Rio Legal, para avaliar o impacto negativo e as vertentes do ‘Brasil ilegal’. O grupo consolidou dados de 16 segmentos econômicos e serviços de infraestrutura de energia e água.
Segundo o estudo, os R$ 336,8 bilhões gerados pela ilegalidade equivalem ao Produto Interno Bruto (PIB) dos estados da Bahia e Sergipe somados. Além disso, no período, o país deixou de gerar 535,7 mil empregos formais. Só no segmento de vestuário, 94 mil vagas deixaram de ser abertas.
De acordo com o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, o mercado ilegal no Brasil é alarmante. “São recursos subtraídos, tributos não arrecadados e empregos que deixam de ser criados. É importante mostrar os prejuízos socioeconômicos dessa prática no país, e pleitear ações coordenadas de todas as esferas de governo no combate a essa ilegalidade”, disse.
Para o presidente da Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior, os dados mostram o impacto na economia nacional. “Estas cifras interferem na vida das pessoas. O consumidor é o grande protagonista. Só vamos combater esse mal se a sociedade se engajar”, acrescentou.
Na esfera dos serviços de infraestrutura, o grupo de trabalho contabilizou que os custos de furto de energia elétrica, conhecidos por “gatos”, atingiram a marca de R$ 6,5 bi. A nota técnica destaca que, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o índice de perdas não-técnicas (furto de energia) no Brasil é de 15%. Na região Norte do país, o valor supera os 50%.
Dados da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica projetam que a quantidade de energia furtada poderia atender o estado do Rio de Janeiro por um ano. (Agência Brasil)
Saiba mais
Prejuízos por atividades
* Fontes: Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP) e da Organização Mundial da Saúde (OMS)
Os dados constam da nota técnica Brasil Ilegal em Números, levantamento feito pela Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ) e Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), divulgado ontem.
No início do ano, as entidades criaram o Grupo de Trabalho (GT) Rio Legal, para avaliar o impacto negativo e as vertentes do ‘Brasil ilegal’. O grupo consolidou dados de 16 segmentos econômicos e serviços de infraestrutura de energia e água.
Segundo o estudo, os R$ 336,8 bilhões gerados pela ilegalidade equivalem ao Produto Interno Bruto (PIB) dos estados da Bahia e Sergipe somados. Além disso, no período, o país deixou de gerar 535,7 mil empregos formais. Só no segmento de vestuário, 94 mil vagas deixaram de ser abertas.
De acordo com o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, o mercado ilegal no Brasil é alarmante. “São recursos subtraídos, tributos não arrecadados e empregos que deixam de ser criados. É importante mostrar os prejuízos socioeconômicos dessa prática no país, e pleitear ações coordenadas de todas as esferas de governo no combate a essa ilegalidade”, disse.
Para o presidente da Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior, os dados mostram o impacto na economia nacional. “Estas cifras interferem na vida das pessoas. O consumidor é o grande protagonista. Só vamos combater esse mal se a sociedade se engajar”, acrescentou.
Na esfera dos serviços de infraestrutura, o grupo de trabalho contabilizou que os custos de furto de energia elétrica, conhecidos por “gatos”, atingiram a marca de R$ 6,5 bi. A nota técnica destaca que, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o índice de perdas não-técnicas (furto de energia) no Brasil é de 15%. Na região Norte do país, o valor supera os 50%.
Dados da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica projetam que a quantidade de energia furtada poderia atender o estado do Rio de Janeiro por um ano. (Agência Brasil)
Saiba mais
Prejuízos por atividades
- Vestuário - R$ 60 bilhões
- Combustíveis - R$ 26 bilhões
- Cosméticos - R$ 21 bilhões
- Bebidas alcoólicas - R$ 17,6 bilhões
- Defensivos agrícolas - R$ 15,1 bilhões
- TV por assinatura - R$ 15 bilhões
- Cigarros - R$ 13,3 bilhões
- Fármacos e material esportivo - R$ 9 bilhões
- Óculos - R$ 8,5 bilhões
- Software - R$ 7,5 bilhões
- Celulares - R$ 4,3 bilhões
- Filmes - R$ 4 bilhões
- Perfumes importandos - R$ 2 bilhões
- Computadores - R$ 1,6 bilhão
- Brinquedos - R$ 810 milhões
* Fontes: Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP) e da Organização Mundial da Saúde (OMS)