Pão de Açúcar já opera centro de distribuição Grupo vai centralizar operações logísticas em CD no Cone Suape, que vai atender as unidades do Norte e Nordeste. Foram gerados 570 empregos

ROCHELLI DANTAS
rochellidantas.pe@dabr.com.br

Publicação: 26/09/2015 03:00

Central de Distribuição no Cabo tem área de 75 mil metros quadrados e capacidade instalada para 60 mil paletes (GRUPO PAO DE ACUCAR/DIVULGÇÃO)
Central de Distribuição no Cabo tem área de 75 mil metros quadrados e capacidade instalada para 60 mil paletes
OGrupo Pão de Açúcar (GPA) iniciou a operação da Central de Distribuição (CD) localizada no Cone Suape (Condomínio de Negócios), localizado no Cabo de Santo Agostinho. O projeto conta com área de 75 mil metros quadrados, ampliável para 100 mil metros quadrados. O local centralizará toda a operação logística do Norte e Nordeste do país das unidades da Via Varejo (Ponto Frio e Casas Bahia), Multivarejo (Extra, Pão de Açúcar e Proximidade) além do e-commerce. A capacidade instalada do empreendimento é de 60 mil paletes.

O novo CD gerou 570 empregos e aproximadamente mil indiretos. Com o início da operação, os três CDs instalados na capital pernambucana estão sendo transferidos para o local. “Toda a mão de obra foi aproveitada. Com relação aos galpões, dois deles eram alugados e estão sendo entregues e o último é próprio e estudamos a instalação de unidade de uma de nossas marcas”, contou o diretor de Logística do GPA, Marcelo Arantes. Apesar do novo CD já estar em operação, a transferência e chegada total dos produtos só deve ser finalizada em dezembro.

Na central, haverá operação logística de todas as categorias trabalhadas pelo multivarejo: mercearia, não-alimentos, hortifruti e perecíveis. A Via Varejo ocupa os outros 50% da área, para estoques de eletroeletrônicos e móveis. “O local conta com uma câmara fria que já está operando, garantindo a armazenagem desses produtos”, contou Arantes.

De acordo com o diretor, a operação da nova central trará diversos ganhos logísticos. O primeiro deles é a proximidade com os lojistas, reduzindo o risco de desabastecimento. “O tempo de entrega do e-commerce também cairá. O frete nestes casos deve cair em 35%. Há também redução no custo, já que o gasto com transporte passa a ser mais eficiente. Por fim, há a redução da pegada de carbono dos produtos, já que eles estão viajando muito”, elencou Arantes.

O transporte do material para as unidades e para o cliente final é realizado por via terrestre. O fluxo de veículos deve ser bastante intenso. Para se ter uma ideia, mais de 500 carretas devem circular pelo local diariamente. Já a chegada dos itens é, em parte, realizada por meio de cabotagem, via Porto de Suape. “Estamos começando a estimular a cabotagem. Estamos estudando transferir a nacionalização dos produtos importados em Santos (SP) para Suape, reduzindo custos”, disse.

O projeto tem localização estratégica. O Cone Multimodal, plataforma logística onde o galpão foi construído, fica a nove quilômetros do Porto de Suape, com ferrovia ligada ao empreendimento, e a 16 quilômetros do aeroporto.