DIARIO NOS BAIRROS » Um eixo que ajuda conectar negócios Imbiribeira é uma bairro que serve de passagem para as pessoas e atrai alguns segmentos econômicos, inclusive o transporte de cargas aéreas

Patrícia Monteiro
Especial para o Diario
economia@diariodepernambuco.com.br

Publicação: 21/09/2018 03:00

Muitas vezes, o perfil de determinado bairro relaciona-se intimamente com sua localização geográfica. É o caso da Imbiribeira, eixo de conexão do Centro da capital pernambucana com rodovias que ligam Pernambuco a outros estados e onde está sediado o Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freyre. É justamente devido à presença do equipamento que a Imbiribeira configura-se como polo onde acontece a expansão cada vez maior de um segmento de mercado crescente no Brasil: o transporte aéreo de cargas. É neste bairro que estão os Terminais de Logística de Cargas (Teca) Infraero, que intensificam cada vez mais os investimentos em melhorias e ampliações devido ao aumento da demanda por este tipo de transporte em todo o país. É, também, um polo atacadista e abriga uma grande quantidade de concessionárias. Um bairro múltiplo, macro, comercial, mas com moradores que vivenciam a familiaridade de uma vizinhança que se conhece há várias gerações.

O crescimento do transporte de cargas via aérea pode ser verificado a partir de estatísticas da infraero em relação à movimentação de cargas por mobilidade em toneladas. De acordo com dados disponíveis no site da instituição (http://www4.infraero.gov.br/), no mês de agosto, no Brasil, foram transportadas 9.984 toneladas de mercadorias. Dessas, 5.950 para importação e 4.035 para exportação. O destaque é para esse último item, cujas taxas dobraram no período de 30 dias. Em julho, haviam sido exportadas 2.587 toneladas.

Embora Recife não tenha acompanhado a tendência nacional de crescimento nesses dois meses (749,8 em julho e 599,6 em agosto), a situação no estado também é ascendente, segundo a Infraero, que não detalhou o porquê do período fora da curva.

Segundo a assessoria de imprensa da empresa, vários fatores influenciam o crescimento do movimento de exportações, mas para o caso específico da capital pernambucana, destacam-se dois principais: o primeiro foi a ampliação de ações comerciais por parte do concessionário privado que administra o Terminal de Logística de Cargas (Teca) do Guararapes - PAC Logística e Hangaragem, vencedora da licitação de concessão do complexo logístico -, que fomentaram novas operações. O segundo, a variação cambial que, com o aumento do dólar em relação ao valor do real, tornou os produtos brasileiros mais atrativos para o mercado internacional.

De saída // Principais produtos exportados a partir do Teca do Aeroporto do Recife

Porcentagem do total de volume movimentado:
  • 60% - frutas (mamão e manga)
  • 20% - peixes frescos (atum e saramunete)
  • 8% - calçados
  • 8% - produtos ortopédicos
  • 4% - diversos (bagagens, peças industriais, cerâmica e etc)
Os principais mercados que recebem essas cargas estão na Europa, Estados Unidos e países asiáticos.