O leilão do Aeroporto Internacional do Recife-Guararapes/Gilberto Freyre, juntamente com outros cinco terminais do Nordeste, marcado para o dia 15 de março, foi defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), que se manifestou por meio das redes sociais. Segundo cálculos do governo federal, serão R$ 2,1 bilhão em investimentos por parte do agente privado para arrematar os empreendimentos nordestinos, que serão concedidos por trinta anos.

“Qualidade no serviço específico, empregabilidade e economia. Estes são apenas os primeiros passos dentro desta área”, destacou o presidente, que, pouco tempo depois, postou uma imagem com os três blocos que serão leiloados (Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste), seguido dos respectivos valores. No caso dos terminais nordestinos, o aeroporto da capital pernambucana demandará R$ 865,2 milhões em investimentos, o maior entre os empreendimentos do bloco.

Contrário ao modelo proposto pelo governo federal, o deputado federal Felipe Carreras (PSB) contestou as declarações do presidente, dizendo que lamenta o posicionamento e que Bolsonaro “está desinformado ou mal assessorado sobre as privatizações nos aeroportos brasileiros”. O parlamentar contesta o modelo de leilão por blocos, afirmando que nesse formato o terminal recifense será prejudicado, já que é superavitário, enquanto os demais (Campina Grande, João Pessoa, Juazeiro do Norte, Maceió e Aracaju) são deficitários.

“Enquanto Salvador recebe R$ 2,8 bilhões, nós vamos receber R$ 800 milhões. Esse é um ato discriminatório contra todos os pernambucanos”, disse. (Da redação)