A Direcional Engenharia, empresa mineira fundada há 38 anos, inicia sua expansão no Nordeste por Pernambuco. No próximo semestre, a Direcional lança um conjunto de 380 apartamentos em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, com um investimento em torno de R$ 35 milhões e que deve gerar um Valor Geral de Vendas de R$ 55 milhões. O projeto faz parte do programa federal Minha Casa Minha Vida (MCMV) que, no ano passado, respondeu por 74% do faturamento da empresa, da ordem de R$ 1,7 bilhão. O resultado representou um crescimento de quase 70% nas vendas brutas da Direcional, em relação a 2017.

Com base regional no Ceará desde 2012, a empresa aposta no mercado do Grande Recife para continuar crescendo junto à população que vai adquirir o primeiro imóvel, com subsídios do governo federal. “Estamos muito animados com Pernambuco. Existe um bom mercado para o MCMV. Nosso foco é na RMR. Já compramos áreas em Jaboatão dos Guararapes e estamos fechando uma área em Igarassu para consolidar o plano de termos uma regional forte no Estado”, adianta Adriano Nobre, superintendente regional NO/NE da Direcional Engenharia. Segundo ele, até dezembro, será inaugurada a Direcional Vendas, o braço comercial da empresa, na Ilha do Leite, no Recife.

Aliada ao MCMV desde seu início, há dez anos, a Direcional ganhou expertise na produção de imóveis no perfil do programa e hoje consegue construir dois prédios ao mesmo tempo, da fundação até a entrega das chaves, em 45 dias. A velocidade é baseada na tecnologia ‘parede de concreto’, trazida da China e da Coréia do Sul, e que, segundo Adriano Nobre, reduz desperdícios e o uso de madeira nas obras. “Usamos uma forma de alumínio que quando é retirada deixa pronta uma parede de concreto. As formas são feitas sob medida, de acordo com o modelo enviado às fábricas chinesas e coreanas pela Direcional. Somos uma das primeiras empresas a usar esta tecnologia no Brasil”, explica o superintendente.

Primeiro na RMR
Ainda sem nome definido, o projeto de entrada da Direcional em Pernambuco terá unidades de 42 metros quadrados, com dois quartos, área de lazer, elevador, e preços a partir de R$ 145 mil.  As obras devem começar no início de 2020 e andar em paralelo com outros dois projetos habitacionais. A previsão é que cada obra gere de 200 a 300 empregos diretos, com as contratações a partir do final deste ano. “Nosso método construtivo prevê a capacitação de equipes locais nos canteiros de obras que alcançam 91% de industrialização”, detalha Adriano Nobre. Os projetos, segundo ele, têm sempre uma preocupação em deixar o condomínio acessível com taxas entre R$ 190,00 e R$ 230,00.

A campanha de lançamento começa em junho nas redes sociais, rádio, outdoor e com panfletagem nos bairros por corretores treinados para convencer os clientes que não acreditam que podem comprar um apartamento. “Nossa força de vendas é treinada para mostrar às pessoas que elas podem realizar o sonho de ter um imóvel. Muita gente acha que é muito caro mas mostramos as condições de pagamento, o subsídio do governo e a possibilidade de usar o FGTS na aquisição”, explica Adriano, revelando que 70% do público que compra pelo MCMV usa o FGTS. A Direcional constrói empreendimentos nas faixas 1,5, 2 e 3 do programa e, no Nordeste, os apartamentos podem custar até R$ 190 mil. A Caixa financia 80% do valor e, depois de usar o subsídio que varia conforme o preço do imóvel e a renda do comprador, o saldo pode ser parcelado pela Direcional em até 24 meses.

Presente em 12 Estados, a construtora tem sede em Belo Horizonte e, em 2017, foi a segunda maior do ranking ITC, entidade que acompanha a evolução da construção civil. Com mais de 140 mil unidades entregues e incorporadas nos segmentos de médio e alto padrão e no MCMV, além de hotéis e empreendimentos comerciais, a Direcional está listada no Novo Mercado da bolsa de valores B3, antiga BM&FBovespa.