Redução na energia, no gás e no juro Ministro Paulo Guedes afirmou que a intenção é baratear tarifas e fomentar mais o crédito imobiliário

Publicação: 18/05/2019 03:00

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a prometer que dentro de 30 a 60 dias será anunciado um plano para reduzir o preço da energia no país, como fez há duas semanas, medida que passa pela quebra de monopólio da Petrobras. Ele afirmou que pretende levar também “gás mais barato para os lares brasileiros”, em referência ao Gás Liquefeito de Petróleo (GLP).

“Podemos fazer a reindustrialização do Brasil com energia barata e o gás chegar ao lar do brasileiro mais barato”, disse Guedes. “Em 30, 60 dias vai sair o choque da energia barata”, reafirmou durante evento do setor de construção civil. Guedes ressaltou que, enquanto a Petrobras levará 50 anos para tirar todo a riqueza que existe na região pré-sal do país, “mais empresas atuando vão levar três anos”, afirmou.

O ministro da Economia ainda defendeu a redução dos juros de financiamentos imobiliários com recursos geridos por bancos estatais para estimular o mercado de construção civil no país. Em discurso para executivos do setor no Rio, Guedes criticou a concentração de recursos do fundo FGTS, por exemplo, para grandes programas de habitação, como o Minha Casa Minha Vida, ou para investimentos em grandes empresas.

Na sua opinião, o ideal seria descentralizar os recursos, emprestando diretamente aos compradores de imóveis - o que chamou de “capitalismo popular”. “Prefiro ter milhões de tomadores de empréstimos”, afirmou.

Em seu discurso, o ministro citou como argumento os altos lucros da Caixa Econômica Federal, que é gestora do FGTS e fechou 2018 com ganhos de R$ 15 bilhões.

“Qual a função de um banco público? É ter um lucro máximo ou passar esse excesso de receita para a sociedade?”, questionou. “Pra mim se banco tem que dar lucro, privatiza. Melhor juntar com o Banco do Brasil e fazer um banco gigante”.

“Devia transferir isso para o financiamento de casa própria, derrubando as taxas”, disse. “O que aconteceria com essa indústria que gera milhões de empregos se fosse IPCA mais 2%?” propôs, dizendo defender o “capitalismo popular”. O governo já anunciou que vem estudando mudanças nas regras do FGTS, que funciona como um a espécie de poupança compulsória dos trabalhadores com carteira assinada e cujos recursos são usados em programas de investimento. “Tem gente dizendo que a gente tem que subir a taxa de aplicação para dar um lucro mais digno para os poupadores, tem gente achando que tem que dar um lucro máximo e tem gente achando que tem que baixar a taxa de aplicação para estimular a economia”, comentou. Ele defendeu a última mas disse que o ideal seria “fazer um pouco dos três”.(Da redação com AE e Folhapress)