Coco Bambu aposta no Recife e pode ir além A rede cearense abrirá três restaurantes na cidade no próximo ano. Um deles do Vasto, a nova marca com carnes nobres no cardápio

Publicação: 24/08/2019 03:00

A rede de restaurantes Coco Bambu, iniciada em Fortaleza, em 2001, vai abrir 15 novas unidades no país até 2020 e chegar a um total de 50 casas, em 18 estados do Brasil. Três são novos: Mato Grosso, Pará e Rio, onde serão quatro unidades. O Recife vai ganhar três, duas do Coco Bambu, uma no Derby, e outra na Zona Sul, e será a segunda cidade a receber a nova marca da rede, o restaurante Vasto, um modelo que será lançado este ano em Brasília e, em 2020,também em São Paulo.

De Miami, onde passou a semana com a esposa Daniela Barreira nos últimos ajustes do cardápio do Vasto que ela assinará com um chef nova-iorquino, Afranio revela que contratou uma empresa paulista para mapear locais do Grande Recife onde possa abrir mais unidades do Coco Bambu. “Fomos muito bem recebidos no Recife e queremos aumentar os negócios, gerar mais empregos em Pernambuco. Com o estudo, podemos fazer novos investimentos a partir de 2021”, diz o empresário.

No Coco Bambu Derby, ele prevê um aporte em torno de R$ 35 milhões, dos quais R$ 15 milhões na aquisição do prédio do tradicional restaurante Spettus. Após a reforma, estimada entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões, a casa terá 4 mil metros quadrados de área construída, incluindo um estacionamento vertical e uma ampla brinquedoteca. A outra unidade, com local ainda em negociação, vai ampliando a presença da rede na Zona Sul, onde opera desde 2016 no Shopping Recife com os sócios Eduardo Medeiros, Célio Vilela e Tércio Santos. A parceria continua  na expansão. “É um momento de crescimento para os sócios, que procuramos valorizar porque tem dado certo”, diz Barreira.

Hoje com 90 sócios em todo o país, segundo ele, a rede vai passar de 100, em pouco tempo, seguindo a política de dividir o lucro para somar,  na parceria com os sócios que ficam à frente das operações locais. O modelo, criado por Daniela e Afranio, sem seguir manuais de gestão empresarial, afasta qualquer ideia de abrir franquia. “É uma operação complexa, não pretendemos franquear”, reforça, admitindo que lidera a maior rede de restaurantes do país em faturamento. “Em 2018, faturamos R$ 780 milhões. em 2019, podemos superar a meta de R$ 840 milhões e, em  2020, vamos passar de R$ 1 bilhão.  Ganhamos em velocidade e dobramos o previsto, até nos surpreendemos com os resultados”, revela, lembrando que 90% do que a rede realizou foi a partir de 2010. Nada mal para o engenheiro que deixou sua construtora para acompanhar Daniela, a administradora que  abriu a  Dom Pastel, em 2001,     numa loja de 25 metros quadrados que levou a família ao pleno êxito na gastronomia.

“Não paramos de crescer mesmo com a crise, continuamos seguindo em frente. O  país está num bom momento, de retomada, de confiança dos empresários”, afirma.

A receita une qualidade e fartura e deve ser replicada no Vasto que surge atendendo a pedidos, especialmente de gestores de shoppings centers – espaços onde o fundador da Coco Bambu não esperava chegar. “Não tinha interesse em operar em shoppings mas fomos criando um excelente relacionamento e estamos felizes, com um faturamento muito bom. Também geramos muito fluxo e receita de estacionamento. Com isso os administradores nos incentivavam a criar uma nova marca, com outro estilo. Dessa inquietação nasceu o Vasto, nome da cidade do meu sogro, na Itália”, revela.

A nova marca terá um cardápio mais enxuto que o do Coco Bambu, na linha das casas de carnes dos Estados Unidos mas também com pratos da cozinha japonesa, saladas e crepes, mantendo a política da rede de oferecer um bom custo-benefício. O investimento no novo modelo gira em torno de R$ 6 milhões.