24 mil empregos cortados em abril No período, estado ocupou a nona colocação entre as unidades da federação. No acumulado do ano, o estado tem saldo negativo de 53.550 empregos

Luciana Morosini
luciana.morosini@diariodepernambuco.com.br

Publicação: 28/05/2020 03:00

Os impactos da pandemia do coronavírus estão refletindo de forma intensa no mercado de trabalho nacional. O Brasil registrou a perda de 860.503 vagas de empregos em abril, o pior resultado da série histórica desde 1992 do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No mesmo mês, Pernambuco ocupou a nona colocação entre as unidades da federação, com saldo negativo de 24.965. Já no acumulado do ano, o país teve a perda de 763.232 empregos formais. O estado foi o quarto entre as unidades da federação, com recuo de 53.550 postos de trabalho. A queda nas contratações foi fator determinante para contribuir nos resultados negativos. Porém, por outro lado, em Pernambuco, foram preservadas 247.007 vagas através do acordo do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda do governo federal, somando 8.154.997 no Brasil no acumulado de abril e maio.

Em abril, em Pernambuco, o número de admissões foi de 13.247, enquanto os desligamentos chegaram a 38.212, gerando o saldo negativo de 24.965 postos de trabalho formais. Entre as unidades da federação, o estado ficou em nono lugar, atrás de São Paulo (-260.902), Minas Gerais (-88.298), Rio de Janeiro (-83.626), Rio Grande do Sul (-74.686), Santa Catarina (-73.111), Paraná (-55.008), Bahia (-32.482) e Ceará (-29.870). No Brasil, as admissões foram de 598.596, contra 1.459.099 desligamentos, resultado na perda das 860.503 vagas de emprego. Já no Nordeste, foram registradas 70.160 admissões e 196.994 demissões, com desempenho negativo de 126.834 vagas.

No acumulado do ano, Pernambuco registrou 105.763 admissões contra 159.313 demissões e ficou na quarta colocação entre os estados da federação, com perda de 53.550 vagas formais. São Paulo (-227.670), Rio de Janeiro (-125.154) e Minas Gerais (-76.957) tiveram os maiores saldos negativos. O Brasil teve 4.999.981 admissões e 5.763.213 demissões, resultando na perda de 763.232 empregos. Já o Nordeste registrou 592.704 admissões e 782.785 demissões, com o recuo de 190.081 postos de trabalho. Em abril, no Brasil, a atividade econômica que registrou a maior perda das vagas de empregos formais foi a de serviços (-362.378), seguida de comércio (-230.209), indústria (-195.968), construção (-66.942) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-4.999).

O Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda conseguiu preservar 8.154.997 empregos no Brasil, abrangendo 1.209.395 empregadores e parcelas previstas de R$ 14,2 bilhões. Por tipo de acordo, 4.440.160 foram através da suspensão, 1.125.167 pela redução de 25%, 1.430.918 pela redução de 50%, 991.683 pela redução de 70% e 167.069 intermitente. Foram 3.140.627 em serviços, 2.068.638 no comércio, 1.843.989 na indústria, 877.907 em outros setores, 202.153 em construção e 21.683 em agropecuária.

Pernambuco teve 247.007 vagas de trabalho preservadas, ficando em nono lugar entre as unidades da federação, atrás de São Paulo (2.103.052), Rio de Janeiro (622.262), Minas Gerais (602.164), Rio Grande do Sul (352.990), Paraná (341.944), Bahia (300.482), Santa Catarina (299.513) e Ceará (277.826).

Dados

Saldo de empregos formais:

    Abril 2020                                     Acumulado do ano

    Brasil           Pernambuco              Brasil             Pernambuco

    - 860.503       - 24.965                       - 763.232         - 53.550

Empregos preservados com benefício emergencial

Brasil             8.154.997
Pernambuco      247.007