PIB brasileiro encolhe 1,5%
Queda no primeiro trimestre interrompe sequência de quatro trimestres seguidos de crescimento e é o menor resultado para o período desde 2015
Publicação: 30/05/2020 07:30
Afetada pela crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, a atividade econômica do país encolheu 1,5% no primeiro trimestre na comparação com último trimestre do ano anterior. Em relação ao primeiro trimestre de 2019, a queda não foi tão acentuada, e o PIB recuou 0,3%. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgados nesta sexta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, a soma dos bens e serviços produzidos no Brasil nos três primeiros meses do ano chegou a R$ 1,803 trilhão.
A queda do PIB do primeiro trimestre deste ano interrompe a sequência de quatro trimestres de crescimentos seguidos e marca o menor resultado para o período desde o segundo trimestre de 2015 (-2,1%). Com isso, o PIB está em patamar semelhante ao que se encontrava no segundo trimestre de 2012.
De acordo com a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, a retração da economia foi causada, principalmente, pelo recuo de 1,6% nos serviços, setor que representa 74% do PIB. A indústria caiu 1,4%, enquanto a agropecuária cresceu 0,6%. “Aconteceu no Brasil o mesmo que ocorreu em outros países afetados pela pandemia, que foi o recuo nos serviços direcionados às famílias devido ao fechamento dos estabelecimentos”, explicou.
Setores
Nos serviços, a queda foi generalizada, com a única variação positiva nas atividades imobiliárias, com leve alta de 0,4%. O destaque para os resultados negativos foram em outros serviços (-4,6%), transporte, armazenagem e correio (-2,4%), informação e comunicação (-1,9%), comércio (-0,8%), administração, saúde e educação pública (-0,5%), intermediação financeira e seguros (-0,1%).
Na indústria, o recuo foi puxado pelo setor extrativo (-3,2%), mas também apresentaram taxas negativas a construção (-2,4%), as indústrias de transformação (-1,4%) e a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-0,1%). “A construção civil está puxando sempre para baixo a parte da infraestrutura. O mercado imobiliário até que tem se recuperado, mas com o distanciamento social ficou prejudicado”, comentou Palis. (Correio Braziliense)
Números
Veja os pontos listados como prioritários pela Secretaria de Política Econômica na agenda pós-pandemia:
A queda do PIB do primeiro trimestre deste ano interrompe a sequência de quatro trimestres de crescimentos seguidos e marca o menor resultado para o período desde o segundo trimestre de 2015 (-2,1%). Com isso, o PIB está em patamar semelhante ao que se encontrava no segundo trimestre de 2012.
De acordo com a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, a retração da economia foi causada, principalmente, pelo recuo de 1,6% nos serviços, setor que representa 74% do PIB. A indústria caiu 1,4%, enquanto a agropecuária cresceu 0,6%. “Aconteceu no Brasil o mesmo que ocorreu em outros países afetados pela pandemia, que foi o recuo nos serviços direcionados às famílias devido ao fechamento dos estabelecimentos”, explicou.
Setores
Nos serviços, a queda foi generalizada, com a única variação positiva nas atividades imobiliárias, com leve alta de 0,4%. O destaque para os resultados negativos foram em outros serviços (-4,6%), transporte, armazenagem e correio (-2,4%), informação e comunicação (-1,9%), comércio (-0,8%), administração, saúde e educação pública (-0,5%), intermediação financeira e seguros (-0,1%).
Na indústria, o recuo foi puxado pelo setor extrativo (-3,2%), mas também apresentaram taxas negativas a construção (-2,4%), as indústrias de transformação (-1,4%) e a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-0,1%). “A construção civil está puxando sempre para baixo a parte da infraestrutura. O mercado imobiliário até que tem se recuperado, mas com o distanciamento social ficou prejudicado”, comentou Palis. (Correio Braziliense)
Números
Veja os pontos listados como prioritários pela Secretaria de Política Econômica na agenda pós-pandemia:
- Fortalecer o arcabouço de proteção social, transferindo recursos de programas ineficientes para programas sociais de comprovada eficiência no combate à pobreza;
- Melhorar a eficiência das políticas de emprego;
- Aprimorar a legislação de falências;
- Fortalecer e desburocratizar o mercado de crédito, de capitais e de garantias;
- Aprovar o novo marco regulatório do setor de saneamento básico;
- Aprovar o novo marco regulatório do setor de gás;
- Abertura comercial;
- Privatizações e concessões;
- Reforma tributária;
- Toda agenda de reformas pró-mercado (...) tais como a desburocratização, facilidade para abrir empresas e empreender, facilidade de adoção de novas tecnologias, etc..”