Conta de energia tem reajuste Valor médio do aumento autorizado pela Aneel para a Celpe foi de 5,16%. Para os consumidores residenciais, índice médio será de 4,88%

Publicação: 03/07/2020 03:00

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a aplicação de reajuste tarifário para todas as distribuidoras de energia cujos índices deveriam ter entrado em vigor nos meses de abril e maio passados. A Celpe faz parte desta lista. Em sua área de concessão, o índice médio do reajuste tarifário foi de 5,16%. Para a baixa tensão, que inclui os clientes residenciais, o efeito médio será de 4,88%. A variação percebida pelos atendidos em alta tensão, como indústrias e comércio de médio e grande porte, será de 5,93%. A variação proporcional começa a ser aplicada em julho, mas o consumidor só deve perceber o reajuste no mês seguinte.

Os adiamentos foram solicitados ao órgão regulador pelas empresas do setor elétrico, em virtude dos impactos provocados pela pandemia da Covid-19. Com o reajuste anual previsto para abril, a Celpe está entre as que postergaram a aplicação dos índices. Apesar da aplicação das novas tarifas em julho, a percepção integral pelos consumidores deverá ocorrer somente em agosto, quando se completa todo o período de leitura após a aplicação tarifária.

O último reajuste tarifário, antes deste, foi autorizado há pouco mais de um ano, em 23 de abril de 2019 (acontece sempre em abril). Na época, o índice médio da variação foi de 5,04%, entrando em vigor no mesmo mês para os cerca de 3,7 milhões de clientes da Celpe. Para os usuários de baixa tensão, o percentual aproximado era de 5,56% enquanto os de alta tiveram aumento médio 3,76%.

Composição da Tarifa

Do valor cobrado na fatura, 43,3% são destinados para pagar os custos com a compra e transmissão de energia. Os tributos (encargos setoriais e impostos) representam 33,7% do total. Do total, 23% ficam na Celpe para cobrir os custos de operação, manutenção, administração do serviço e investimentos. Para uma conta de R$ 100, por exemplo, cerca de R$ 23 são destinados efetivamente à empresa. A parcela do recurso que fica com a distribuidora é aplicada, sobretudo, na manutenção e modernização da rede de distribuição. (Da redação)