Guedes anuncia auxílio por mais três meses A prorrogação será de agosto a outubro e com os mesmos valores atuais, de R$ 150 a R$ 375, pagos pelo governo a cerca de 39,1 milhões de pessoas

Publicação: 15/06/2021 03:00

O ministro da Economia, Paulo Guedes, acabou confirmando o que vinha sinalizando há alguns dias: a prorrogação do auxílio emergencial. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, após o ministro afirmar há alguns dias que o benefício seria prorrogado a depender do ritmo da pandemia e da vacinação.

Guedes confirmou ao Estadão a prorrogação por mais três meses do auxílio emergencial aos mais vulneráveis, ou seja, até outubro. Os valores continuam os mesmos, de R$ 150 a R$ 375, e com igual alcance em termos de público atendido. Hoje, o auxílio contempla cerca de 39,1 milhões de brasileiros.

Segundo Guedes, o Ministério da Saúde informou que toda a população adulta estará vacinada contra a Covid-19 até outubro. Até que isso aconteça, o governo quer garantir a proteção dos vulneráveis, daí a necessidade da extensão do auxílio. O ministro ressaltou ainda que a política vem sendo conduzida pelo Ministério da Cidadania e a decisão final sobre a extensão é do presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com o Estadão, técnicos do governo informaram que, para bancar a prorrogação, deverá ser aberto um crédito extraordinário de cerca de R$ 20 bilhões. O número final ainda está sendo refinado a partir dos dados dos pagamentos realizados em junho deste ano.

O valor vai reforçar os cerca de R$ 7 bilhões que ainda estão disponíveis dentro dos R$ 44 bilhões já destinados ao programa e que não foram usados porque o número de famílias na nova rodada ficou abaixo do inicialmente projetado. Cada parcela tem tido um custo ao redor de R$ 9 bilhões mensais.

O crédito extraordinário banca despesas emergenciais e fica fora do teto de gastos, regra que limita o avanço das despesas à inflação.

A extensão da ajuda a vulneráveis é uma forma de manter a assistência às famílias enquanto a imunização da população ainda avança nos estados e também evita um “vácuo” até o lançamento da nova política social permanente do governo.

No desenho atual, a última parcela é prevista para julho deste ano. No entanto, fontes do governo já reconheciam nas últimas semanas que “alguma prorrogação é razoável”, dado que o número de casos e óbitos pela doença parou de cair. Além disso, a extensão da ajuda dará maior conforto até a vacinação mais ampla da população. (Estado de Minas)