Auxílio substitui o Bolsa Família em novembro Governo anunciou ontem o novo programa social, que chegará a parcelas de R$ 400 por mês, mas sem informar qual a fonte de recursos para custeá-lo

Publicação: 21/10/2021 03:00

O governo decretou o fim do auxílio emergencial e anunciou ontem que o programa Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família, terá início em novembro, com reajuste de 20%. A média do ticket do novo programa será de R$ 190 e deve chegar a R$ 228. Após novembro, até o final de 2022, seria pago um complemento as famílias, que não receberiam menos de R$ 400. Porém, não detalhou de onde virá o recurso para custeio do programa, que deverá vir da PEC dos Precatórios.

“O auxílio emergencial será finalizado em outubro. A partir do mês de novembro, iniciaremos a execução do Auxílio Brasil”, disse o ministro da Cidadania, João Roma. O Bolsa Família contempla 14 milhões de famílias e a pretensão é de chegar a 16,9 milhões de beneficiados com o Auxílio Brasil.

João Roma, ao contrário do temor do mercado, negou que o governo esteja pensando em ultrapassar o teto de gastos. “Não estamos aventando que o pagamento de se dê através de créditos extraordinários. Estamos buscando dentro do governo todas as possibilidades para que o atendimento dos mais necessitados siga de mão dada com a responsabilidade fiscal”, afirmou. Em resumo, o governo ainda não se sabe a fonte do custeio.

Ao participar de um evento virtual do setor da construção civil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Auxílio Brasil poderá ser financiado com cerca de R$ 30 bilhões fora do teto de gastos até o fim do próximo ano.

Para formar o valor de R$ 400, o ministro da Cidadania também disse que, por pedido do presidente Jair Bolsonaro, será criado um “benefício transitório” com duração até o fim de 2022. Segundo ele, o reajuste permanente de 20% será aplicado em cima dos valores já recebidos no Bolsa Família.

“O programa permanente que é o Auxílio Brasil, que sucede o Bolsa Família, ele tem um tíquete médio. O valor do benefício varia de acordo com a composição de cada família. Existem famílias que estão recebendo até menos de R$ 100, e outras que recebem até mais de R$ 500”, acrescentou Roma.

Ele enfatizou que o programa terá um reajuste de 20%. “É um programa que é permanente e seguirá 2021, 2022, 2023 e assim sucessivamente. Isso chama-se ‘despesas permanentes do governo’, e é um programa que está estruturado para que avance cada vez mais, com políticas integradas, para atender a esses brasileiros mais necessitados”, continuou. (Correio Braziliense)