Gasolina sobe acima de 7% pela segunda vez Reajuste nas refinarias vale a partir desta terça, mas parte dos postos de combustível se antecipou ontem e aumentou o preço. Alguns em até R$ 0,30 no litro

Publicação: 26/10/2021 03:00

A Petrobras anunciou ontem o segundo aumento da gasolina em outubro. O reajuste de 7,04% no preço do litro nas refinarias vale oficialmente a partir de hoje, saindo de R$ 2,98 para R$ 3,19, contudo grande dos postos de combustíveis antecipou a alta para ontem. Em postos do Recife e do Cabo de Santo Agostinho, o valor do litro chegou a subir R$ 0,30, superando os R$ 6,60 em boa parte deles. O preço do diesel teve o primeiro aumento do mês, de 9%, passando de R$ 3,06 para R$ 3,34 nas refinarias. No ano, o reajuste do diesel alcançou 65,3%

Em outubro, a alta da gasolina beira 15%. O reajuste anterior foi de 7,2%. Desde janeiro, o combustível subiu 73,4%. O percentual é o resultado de 15 anúncios de reajustes feitos pela Petrobras ao longo do ano, sendo 11 de aumento de preço e somente quatro de redução do preço das refinarias da petroleira. Nos últimos 12 meses, a alta da gasolina é de 39,6%, segundo osegundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),

A Petrobras justifica as altas dos combustíveis com “o alinhamento de preços ao mercado internacional”. Alinhamento ela considera relevante para atender “a demanda atípica recebida” para novembro e para seguir “sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento”. “Reajustes refletem também parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente ao crescimento da demanda mundial, e da taxa de câmbio”, afirmou em nota.

No comunidado, Petrobras diz que o preço final não resulta apenas do preço dos combustíveis nas refinarias. Também está embutido impostos federais e estaduais, a distribuição e revenda. O secretário da Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha, faz uma ressalva a tais argumentos e diz que a a nova política da Petrobras é atrelada ao dólar, devendo continuar causando reajustes significativos no preço dos combustíveis. “O dólar continuará complicado em 2022, pois teremos: ambiente externo e o doméstico, com uma fragilidade fiscal da União, a instabilidade política e as eleições. Se não tentarmos na causa, o problema persistirá”, disse. (Com informações da Agência Brasil)