Pernambuco acumulou uma alta de 0,7% no PIB no terceiro trimestre deste ano, com um agregado de R$ 67,7 bilhões. O resultado, detalhado ontem pela Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem), coloca o estado na contramão do Brasil, que registrou uma queda de 0,1% no mesmo período e entrou em recessão técnica. A economia do país já havia recuado no trimestre anterior.

O setor de serviços, responsável pelo maior impacto no PIB, avançou 4,2% no estado, com destaque para o segmento de transporte, armazenagem e correio, que cresceu 26,7% no último trimestre. No acumulado do ano, o resultado também é positivo para os serviços, 4,3%.

A agropecuária registrou um aumento de 2,4%. Entre julho e setembro deste ano, todos os segmentos do setor tiveram desempenho positivo: lavouras temporárias e pecuária, 5,9%, e lavouras permanentes, 1,9%. No acumulado de 2021, o resultado é mais expressivo, com crescimento de 4,3% para a agropecuária.

Apenas a indústria pernambucana não conseguiu avançar no terceiro trimestre e acumulou uma retração de 3,7%. De acordo com o diretor de Estudos e Pesquisas da Condepe/Fidem, Maurílio Lima, a queda foi puxada pela indústria de transformação, que caiu 12,1% no mesmo período, influenciada pelo número da indústria de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-72,1%)

“Ela estava dando forte contribuição ao resultado da indústria da transformação, principalmente o setor de refino de petróleo da nossa refinaria. Mas, neste trimestre, ela deu uma contribuição no sentido negativo. A produção da refinaria caiu muito. Em agosto ela teve uma produção equivalente ao início de sua operação”, afirmou.  No acumulado do ano, o PIB avançou 5,1%.

 A expectativa, segundo Maurílio, é que o estado feche o ano com crescimento. “Nós estamos vindo com resultados positivos e o PIB cresceu 5,1% até o terceiro trimestre. Para que o resultado final seja negativo, só se acontecer uma coisa muito absurda no quarto trimestre”.