FRANçA » Inundações deixam 12 mortos

Publicação: 16/10/2018 09:00

Villegailhenc (AFP) - Doze pessoas morreram entre domingo e ontem após chuvas torrenciais e inundações no sul da França. Segundo novo balanço provisório fornecido pela Defesa Civil francesa, as chuvas torrenciais deixaram ao menos 12 mortos, oito pessoas feridas e um desaparecido. O presidente Emmanuel Macron, que deve se dirigir ao departamento atingido “assim que possível”, expressou esta tarde “solidariedade de toda a nação” às vítimas e elogiou a mobilização “exemplar” dos serviços de emergência.

Em cinco horas, “entre 160 e 180 mm de água caíram sobre a aglomeração de Carcassonne”, segundo o prefeito de Aude, Alain Thirion. Mas a situação não está estabilizada e esperava-se transbordamentos ainda ontem, segundo o serviço Vigicrues. Mais de mil moradores de Pezens, no distrito de Aude, deixaram suas casas esta manhã como medida preventiva devido aos riscos de transbordamento de uma barragem, indicou à AFP a Defesa Civil. A evacuação do restante desta cidade de cerca de 1.500 habitantes, localizada no noroeste da cidade de Carcassonne, foi suspensa, acrescentou o serviço.

Na região de Carcassonne, os campos estão completamente inundados e várias estradas foram destruídas ou estão intransitáveis, com árvores caídas nas estradas e veículos arrastados pela água.

O balanço é “provisório e deve aumentar conforme avança a intervenção das equipes de resgate”, declarou o primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, antes da atualização do número de mortos. “A água invadiu a nossa casa. Tem água em todos os lugares. Tudo está inundado. Uma ponte desmoronou. Há bombeiros por toda parte, não sabemos para onde ir”, testemunhou por telefone uma moradora da cidade de Villegailhenc, Hélène Ségura. “Pela janela, vejo água e lama por toda parte”, acrescentou.

No mosteiro de Villardonnel, onde uma freira morreu, “o dano é considerável, as janelas explodiram. Emprestamos cadeiras para que pudessem almoçar em um lugar seco ao meio-dia. A freira que faleceu tinha entre 90 e 95 anos”, explicou Roselyne Navarro, membro do comitê de ação social da cidade.