FILIPINAS » Socorristas buscam sobreviventes de terremoto

Publicação: 24/04/2019 03:00

Os socorristas procuravam dezenas de pessoas que estariam presas em um prédio que desabou na região de Manila, após um terremoto que deixou ao menos 16 mortos e que foi seguido por outro forte tremor ontem. O terremoto de 6,1 graus de magnitude de segunda-feira, de acordo com o Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS), provocou importantes danos no Aeroporto Internacional Clark, um aeródromo secundário da capital, e balançou vários prédios em Manila, provocando cenas de pânico.

Mas ontem foi registrado um tremor ainda mais intenso, de 6,4 graus, na ilha de Samar, arquipélago de Visayas, o que provocou cenas de pânico. As autoridades filipinas tentam verificar se o novo tremor, que aconteceu às 13H37 locais (2H37 de Brasília), provocou danos e alertaram os moradores para os riscos de tremores secundários.

O tremor de segunda-feira ocorreu às 17H11 locais (06H11 Brasília), com epicentro a 40 km de profundidade na zona de Castillejos, na província de Zambales, 100 km a nordeste de Manila. Mas os maiores danos ocorreram na província vizinha de Pampanga, onde 16 pessoas morreram, segundo as autoridades filipinas.

O tremor também deixou dezenas de pessoas feridas, em todo o arquipélago, e o número de vítimas deve aumentar. Equipes de socorristas foram enviados a diversas zonas, e muitas localidades estão sem eletricidade e comunicação. Em Porac, na ilha de Luzón, os socorristas correm contra o tempo para encontrar quase 30 pessoas sob os escombros de um prédio.

“Podemos escutar ao menos uma pessoa viva”, declarou Lilia Pineda, governadora de Pampanga. “Está presa sob lages de cimento”.

O terremoto também danificou igrejas antigas que nos últimos dias haviam recebido milhares de fiéis para as missas da Semana Santa, em um arquipélago onde 80% da população é católica. As Filipinas se encontram no “cinturão de Fogo” do Pacífico, onde a colisão de placas tectônicas provoca uma importante atividade sísmica e vulcânica.

O pior terremoto no arquipélago ocorreu em 1976, quando morreram cerca de 8 mil pessoas. (AFP)