Primeira-ministra britânica renuncia e sai em junho
Theresa May enfrentou longo processo de desgaste, na tentativa fracassada de aprovar o acordo de saída da União Europeia, o Brexit
Publicação: 25/05/2019 03:00
A primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou nesta sexta-feira que deixará o cargo em 7 de junho para que o Partido Conservador possa escolher um novo líder, que será responsável por concretizar o Brexit, algo que ela não conseguiu fazer. “Tentei três vezes, mas não tive capacidade de fazer o Parlamento aprovar o acordo de saída da União Europeia”, afirmou, à beira das lágrimas, diante das câmeras de televisão na residência oficial em Londres, o número 10 de Downing Street.
“Acredito que era correto perseverar, inclusive quando as possibilidades de fracassar pareciam elevadas, mas agora me parece claro que é do melhor interesse do país que um novo primeiro-ministro lidere este esforço”, afirmou em um discurso para a imprensa, emocionada. “Foi a honra da minha vida ter sido a segunda mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra (após Margaret Thatcher)”, acrescentou. Sua voz falhou quando ela terminou sua breve declaração proclamando o “amor” por seu país, tentando, sem sucesso, esconder a emoção que tomou conta dela quando se virou para voltar ao seu gabinete. May continuará no cargo para receber o presidente dos Estados Unidos, que realizará uma visita de Estado ao Reino Unido de 3 a 5 de junho.
Donald Trump, disse se sentir “mal” pelo fracasso de May, embora tenha criticado a forma como o Brexit era negociado. A Comissão Europeia ressaltou, por sua vez, que a saída de May “não mudará nada” na posição sobre o acordo de saída.
Antes de assumir o cargo, seu sucessor terá que ser eleito para o cargo de líder do Partido Conservador. Ele será nomeado até 20 de julho, informou o partido. O ex-ministro das Relações Exteriores Boris Johnson, líder do “Brexiters”, está entre os favoritos para substituí-la. Theresa May assumiu o Executivo em julho de 2016, pouco depois de os britânicos votarem 52% a favor do Brexit no referendo de 23 de junho de 2016, sucedendo David Cameron. Mas esta filha de um pastor de 62 anos, ex-ministra do Interior, não conseguiu convencer uma classe política profundamente dividida sobre a saída da UE.
O acordo de divórcio, que ela negociou amargamente com Bruxelas, foi rejeitado três vezes pelos deputados, forçando o Executivo a adiar o Brexit até 31 de outubro, quando estava planejado para o dia 29 de março, e organizar eleições europeias. Na terça-feira, Theresa May apresentou um plano de “última chance” para tentar recuperar o controle do processo de Brexit. Em vão: o texto foi mais uma vez alvo de críticas, tanto da parte da oposição trabalhista quanto pelos eurocéticos do seu partido, resultando assim na renúncia. (AFP)
“Acredito que era correto perseverar, inclusive quando as possibilidades de fracassar pareciam elevadas, mas agora me parece claro que é do melhor interesse do país que um novo primeiro-ministro lidere este esforço”, afirmou em um discurso para a imprensa, emocionada. “Foi a honra da minha vida ter sido a segunda mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra (após Margaret Thatcher)”, acrescentou. Sua voz falhou quando ela terminou sua breve declaração proclamando o “amor” por seu país, tentando, sem sucesso, esconder a emoção que tomou conta dela quando se virou para voltar ao seu gabinete. May continuará no cargo para receber o presidente dos Estados Unidos, que realizará uma visita de Estado ao Reino Unido de 3 a 5 de junho.
Donald Trump, disse se sentir “mal” pelo fracasso de May, embora tenha criticado a forma como o Brexit era negociado. A Comissão Europeia ressaltou, por sua vez, que a saída de May “não mudará nada” na posição sobre o acordo de saída.
Antes de assumir o cargo, seu sucessor terá que ser eleito para o cargo de líder do Partido Conservador. Ele será nomeado até 20 de julho, informou o partido. O ex-ministro das Relações Exteriores Boris Johnson, líder do “Brexiters”, está entre os favoritos para substituí-la. Theresa May assumiu o Executivo em julho de 2016, pouco depois de os britânicos votarem 52% a favor do Brexit no referendo de 23 de junho de 2016, sucedendo David Cameron. Mas esta filha de um pastor de 62 anos, ex-ministra do Interior, não conseguiu convencer uma classe política profundamente dividida sobre a saída da UE.
O acordo de divórcio, que ela negociou amargamente com Bruxelas, foi rejeitado três vezes pelos deputados, forçando o Executivo a adiar o Brexit até 31 de outubro, quando estava planejado para o dia 29 de março, e organizar eleições europeias. Na terça-feira, Theresa May apresentou um plano de “última chance” para tentar recuperar o controle do processo de Brexit. Em vão: o texto foi mais uma vez alvo de críticas, tanto da parte da oposição trabalhista quanto pelos eurocéticos do seu partido, resultando assim na renúncia. (AFP)
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