SAÚDE » Taxa de suicídio nos EUA atinge maior patamar desde a 2ª Guerra

Publicação: 26/06/2019 03:00

A taxa de suicídio nos Estados Unidos aumentou 33% nos últimos 18 anos e atingiu, em 2017, o maior patamar da história americana desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). De acordo com a nova pesquisa divulgada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês), 10,5 pessoas a cada 100 mil habitantes se matavam em 1999.

Quase duas décadas depois, em 2017, esse número passou para 14 - nível registrado pela última vez em 1942, durante o conflito que envolveu as maiores potências globais da época. Os casos de suicídio nos EUA vêm registrando uma escalada desde 2006, e seu crescimento pode ser observado em todos os grupos da população americana: homens e mulheres de várias idades, raças e etnias.

Em termos absolutos, homens continuam se matando mais do que mulheres no país. Dificuldades econômicas, acesso a armas e a disseminação do uso de drogas opioides, como a heroína, estão entre os principais motivos para os números tragicamente históricos.

Apesar de ter havido aumento expressivo de suicídios de jovens e adultos entre 15 e 34 anos, os índices mais altos se concentram entre pessoas que têm de 45 a 64 anos.

Dos 36.782 homens que se mataram em 2017 nos EUA, por exemplo, cerca de 12,3 mil estavam dentro dessa faixa etária. Entre as 10.391 americanas que cometeram suicídio, aproximadamente 4.000 tinham de 45 a 64 anos. Em termos relativos, a taxa de suicídio entre as mulheres aumentou 53% de 1999 a 2017, enquanto o índice para os homens subiu 26% no mesmo período.

Entre as mulheres, é possível notar aumento significativo nos suicídios entre meninas de 10 a 14 anos, jovens de 15 a 24 e entre as que se declaram americanas nativas -indígenas e descendentes. Nesse caso, o crescimento foi vertiginoso, de 139%, em relação a 1999.