A campanha eleitoral mais cara dos EUA Bloomberg gastou US$ 364,3 milhões de dólares, o equivalente a cerca de 1,6 bilhão de reais, na disputa pela indicação democrata à presidência

Publicação: 22/02/2020 03:00

O pré-candidato presidencial democrata Michael Bloomberg, bilionário ex-prefeito de Nova York, bateu todos os recordes ao gastar a assombrosa quantia de 364,3 milhões de dólares em publicidade de campanha, e continua somando, segundo um informe divulgado pela Advertising Analytics. Em sua campanha de reeleição, o ex-presidente Barack Obama gastou 338,3 milhões de dólares, informou a consultoria em um boletim.

“Bloomberg superou o recorde de gastos estabelecido por Obama em 2012, de 338,3 milhões de dólares, o que faz dele o candidato com o maior gasto de todos os tempos”, informou em um boletim o grupo apartidário. A Advertising Analytics informou que os gastos de Obama não foram ajustados em termos constantes. As quantias apontadas se referem apenas à verba destinada à publicidade tradicional de rádio e televisão.

Bloomberg, que aspira à indicação presidencial democrata para enfrentar o republicano Donald Trump, pré-candidato à reeleição em novembro, também é líder em publicidade digital, pois apenas na semana passada gastou US$ 14,5 milhões em anúncios em Facebook e Google, mais de dez vezes mais que todos os seus adversários juntos.

O montante total não inclui despesas de grupos externos que não são formalmente vinculados a partidos políticos, mas que gastam muito durante a temporada eleitoral em apoio ou oposição a candidatos específicos. Os gastos de Bloomberg podem estar em suas primeiras etapas, pois ele resolveu não participar nas primeiras quatro primárias para se concentrar na “Super Terça”, em 3 de março, quando 14 estados vão às urnas.

FORBES
Bloomberg, que em 2019 tinha a nona fortuna do mundo, segundo a revista Forbes, cobriu de publicidade estes estados, onde se decidirá um terço da maioria de delegados (1.991) necessária para obter a indicação na convenção democrata de julho.

O investimento em publicidade do milionário da mídia o catapultou ao terceiro lugar nas pesquisas em nível nacional. Fica atrás do senador Bernie Sanders, na disputa pela sgunda vez, e do ex-vice-presidente Joe Biden, apesar de ter entrado na corrida eleitoral apenas em novembro do ano passado. (AFP)