Diamond, um navio ancorado pelo vírus Há duas semanas, a embarcação atrai os olhares do mundo pelo drama dos afetados pelo Covid-19

Publicação: 22/02/2020 03:00

Ancorado no Porto de Yokohama, no Japão, desde 3 de fevereiro, o navio Diamond Princess se tornou um capítulo à parte da epidemia do coronavírus. O cruzeiro registra o segundo maior foco da doença. Fica atrás somente da China, onde o Covid-19 surgiu. Até agora, 624 casos foram confirmados entre os seus 3.711 passageiros e tripulantes. Dois deles morreram. A quarentena de 14 dias terminou no dia 19, embora deva continuar para os tripulantes. Ela continua, aliada ao medo do mundo de que o fim do isolamento dos passageiros abra a possibilidade para o vírus se espalhar. De certo modo, o temor se justifica com o anúncio de que dois passageiros australianos tiveram exames com resultados positivos depois de desembarcarem no seu país e terem respostas negativas nos testes feitos no Japão. Se há medo, existe alívio para quem saiu. E com a certeza de que, em histórias como a do Diamond Princess, algumas pessoas tomam para si a responsabilidade de animar outras, de fazê-las manter a calma diante da doença e do medo da morte. É o caso do comandante da embarcação, Gennaro Arma, que, fazendo justiça ao seu comportamento frente ao surto, tornou-se o “Capitão Coragem” do cruzeiro apelidado como “o cruzeiro maldito”. (Da redação com agências)

Diamond Princess
  • 62 m de altura
  • 290 m de comprimento
  • 18 pontes
  • 4 piscinas
  • 3.711 pessoas embarcadas
  • 2.666 passageiros
  • 1.045 tripulantes
  • 55 nacionalidades
  • 624 casos de coronavírus confirmados
  • 2 óbitos registrados