Países sepultam e cremam seus mortos

Publicação: 03/04/2020 03:00

Tantas mortes pela Covid-19 têm levada a situações inimagináveis ao redor do mundo. Na capital financeira da Itália, a cidade de Milão, o maior crematório anunciou que vai fechar por mês para poder tratar todos os corpos que estão esperando para serem cremados, informou a prefeitura.

O principal crematório de Milão precisava administrar “um aumento constante e progressivo dos corpos que aguardavam a cremação”, afirmou a prefeitura de Milão, capital da Lombardia. O período de espera atual era de 20 dias e, se aumentasse, causaria “problemas de saúde e higiene”, então decidiu-se pelo fechamento do crematório.

De acordo com a prefeitura, 2.155 milaneses morreram em março, em comparação com 1.224 no mesmo período de 2019. “Nossos serviços funerários e nossos funcionários nos cemitérios trabalham incansavelmente, com um grande senso de responsabilidade”, disse Roberto Cocco, chefe de serviços públicos da prefeitura.

Em Guayaquil, a segunda maior cidade do Equador, as funerárias entraram em colapso. Não há caixões para todos os mortos e os cemitérios não conseguem atender a demanda. O governo disse ter retirado150 corpos que estavam em casas na cidade na última quarta. Famílias relatam que mortos permaneceram até três dias em casa.Nem todas as mortes foram decorrentes do novo coronavírus. Mas o rápido crescimento dos óbitos fez com que as autoridades não conseguissem confirmar o número de vítimas pelo novo coronavírus.

Nos Estados Unidos, a principal agência de resposta a desastres pediu ao Departamento de Defesa 100 mil sacos para corpos, à medida que o número de mortes aumenta no país, informou o Pentágono ontem. (AFP)