Ataque contra shopping é crime de guerra, diz G7 Dirigentes do bloco assinaram uma declaração conjunta, dizendo que Putin terá que "prestar contas"

Publicação: 28/06/2022 03:00

Os dirigentes do G7 qualificaram de “crime de guerra” e ataque "abominável" o impacto de mísseis russos contra um shopping center em Kremenchuk, centro da Ucrânia, que deixou pelo menos 16 mortos e 59 feridos, segundo a última atualização, ontem à noite.“Os ataques indiscriminados contra civis inocentes constituem um crime de guerra”, declararam os dirigentes, reunidos em uma cúpula no sul da Alemanha, em uma declaração que “condena de forma solene o ataque abominável” e assegura que o presidente russo, Vladimir Putin, terá que “prestar contas”.

Os ataques contra civis serão o tema principal da reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU hoje, a pedido de Kiev, marcado para às 16h (de Brasília). No domingo, um complexo residencial da capital ucraniana foi atingido.

Estes disparos deixaram um morto e 14 feridos, segundo informaram as autoridades poucas horas antes da abertura da Cúpula do G7, na Alemanha, onde onde serão debatidos assuntos relacionados à invasão russa da Ucrânia.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, classificou como “ato terrorista” a ofensiva que destruiu um shopping em Kremenchuk.

“O ataque russo de hoje contra um shopping center em Kremenchuk é um dos atos terroristas mais escancarados da história europeia. Uma cidade pacífica, um centro comercial comum, onde havia mulheres, crianças, civis comuns”, disse Zelensky em vídeo publicado no Telegram.

Segundo a Força Aérea da Ucrânia, o shopping foi atacado com mísseis Kh-22 disparados a partir de bombardeiros de longo alcance Tu-22 da região russa de Kursk.

“Sabemos de 16 mortos e 59 feridos até o momento, 25 deles hospitalizados. A informação está sendo atualizada”, indicou o encarregado dos serviços de emergência da Ucrânia, Serguei Kruk, no aplicativo Telegram, acrescentando que as tarefas principais são “os trabalhos de resgate, a retirada de escombros e a extinção de incêndios”.

“Todos os grupos de resposta trabalham de forma intensa e continuarão noite e dia”, assinalou Kruk. “Gostaria de insistir: não ignorem os alertas antiaéreos!”  (AFP)