A opinião do povo repercute: o papa Francisco possui perfil de religioso devotado à sua religião; Pelé tem perfil de um célebre jogador de futebol; Chico Anísio tinha o perfil de um autêntico artista de cenas cômicas; Juscelino Kubitschek foi detentor de um perfil de autêntico presidente da República; Lampião traduzia em seu perfil uma índole visceralmente ruim; o perfil de Napoleão Bonaparte era o de um autêntico guerreiro; Winston Churchill, de um estadista. E assim são inúmeros os perfis personalísticos de autoridades identificados com público em geral.

Tratei, até agora, de celebridades, mas o perfil personalístico também se ajusta a outras pessoas que nos cercam, a exemplo dos alunos adolescentes de uma sala de aula, onde se destacam, principalmente, os líderes já apresentando perfis personalísticos. Sucede a outros jovens, porém, ainda não terem despertado plenamente os seus perfis personalísticos por experimentarem uma fase de grandes mudanças.

É comum ver-se um filho superprotegido, muito voltado aos pais e aos irmãos no seio familiar. Com o passar do tempo, ele noiva e contrai núpcias, constituindo uma nova célula familiar (pai, mãe, filhos). Logo, essa pessoa muda e sua conduta de “filhinho do papai e de mamãe” passa a expressar um novo perfil de pater familias.

Há outras situações extremas: ao visitar uma cela de prisioneiros, alguns deles, de acordo com as informações recebidas, apresentam, de imediato, perfis ligados à psicopatia (aqueles que cometem crimes sem o menor remorso). As tevês estão sempre mostrando esses perfis de transgressores da lei, direcionados ao mal. Há tempos, foram eles chamados de “perfis lombrosianos”.

Nas mais variadas empresas, o gestor é muito observado pelos subordinados hierárquicos. Se seu procedimento (entenda-se, do chefe) provoca atitudes austeras até os limites da estupidez, seu perfil personalístico observado pelos auxiliares é de senhor arrogante, e, em alguns casos, leva a pecha de “mau com a vida”…
Desse modo, os perfis personalísticos nas pessoas apresentam-se de maneiras diversas e susceptíveis a mutações, entretanto é bom frisar que a personalidade do indivíduo não muda: podem mudar as atitudes e os procedimentos.

As experiências têm mostrado que o caminho ideal para o êxito nas empresas ainda é a compreensão entre as pessoas, interagindo sempre chefe-empregado e vice-versa.
O desenvolvimento do Brasil tem sido provocado, em grande parte, pelos extraordinários avanços tecnológicos do país. Pari passu, os gestores têm-se atualizado no plano do conhecimento, às vezes com quebras de paradigmas, o que tem repercutido positivamente nas avaliações dos resultados no âmbito empresarial. Isso vem provocando mudanças nos perfis personalísticos de cada gestor ao enfrentar novas situações.

Viver em paz é mais aconselhável que viver em guerras permanentes. E nada se perde por seguir as orientações dos inúmeros consultores técnicos espalhados pelo território nacional, desde que sejam comprovadamente pessoas de perfis personalísticos, gente do bem, comprometida com os firmes propósitos saudáveis na busca das melhorias gerenciais e do bem-estar das empresas.