Turismo e endemia

Sérgio Aroucha
Ex-presidente da Astur-PE (Associação das Secretarias de Turismo de Pernambuco)

Publicação: 25/01/2022 03:00

Já no segundo ano pandêmico, acredito ser o momento de ampliarmos o olhar sobre a questão da Covid-19. Estamos com o país avançando na vacinação, agora com a adesão infantil, a Ômicron em circulação, que vem impulsionando casos leves e menos hospitalizações. Sabemos que o quadro não é o dos nossos sonhos, mas o alerta é para que tentemos ao máximo seguir com nossas vidas e atividades. Claro, respeitando os decretos governamentais e as realidades locais sanitárias.

O turismo brasileiro, área que vivencio há anos, sofreu muito com a pandemia: hotéis, restaurantes, parques fecharam, milhares de pessoas foram demitidas e tiveram suas vidas paradas. Algumas não conseguiram até agora se reerguer. Assim, sou do coro em favor da vida, mas também de preservar a atividade econômica viva.

Sabemos que setores da comunidade científica trabalham com o panorama de que o surgimento dessa variante pode significar a transição da pandemia para uma endemia. Embora não haja consenso sobre isso, a característica menos agressiva da nova cepa pode representar o primeiro passo para a transformação da Covid-19. Um exemplo de endemia são os casos de dengue no Brasil, uma doença que se sabe que todo ano haverá ocorrências. Assim, ficamos na expectativa que essa venha a ser a nova realidade do coronavírus e que possamos seguir adiante, aderindo a todas as recomendações médicas, mas com um novo horizonte a vislumbrar.

A vacina é um pacto social, coletivo,  precisamos acreditar na ciência!