PRESIDENCIÁVEIS » Tempo, um bem bastante precioso

Publicação: 20/08/2018 03:00

A otimização do tempo será a tônica dos candidatos nesta eleição. Com os próximos seis debates — a ocorrerem entre setembro e outubro —, os candidatos terão pouco mais de 40 dias para divulgação da campanha até 4 de outubro, prazo final para comícios ou reuniões públicas. Se levarmos em consideração que, por vezes, a preparação para um debate pode envolver mais de um dia, o intervalo pode cair para um período entre 36 e 42 dias. Bem pouco, se comparado à corrida de 2014, que contou com 90 dias.

O provérbio de que tempo é dinheiro nunca fez tanto sentido. Na campanha em que os recursos também são mais escassos — limitados a R$ 70 milhões —, as candidaturas estão focadas em quatro pilares centrais: sabatinas, entrevistas à imprensa, corpo a corpo com os eleitores e redes sociais.

Com os pontos nevrálgicos identificados, os partidos traçam as melhores táticas. As redes sociais são os canais de maior alcance de disseminação das ideias depois dos debates. Por essa razão, o meio digital será muito utilizado a fim de levar ao eleitor as propostas e possibilitar que os candidatos concentrem tempo em visitas a grandes centros populares e em eventos e sabatinas organizados por entidades da sociedade civil.

A escolha dos estados varia entre cada presidenciável. Em suma, há uma estratégia de privilegiar diretórios estaduais em que o partido tenha força maior, com algum candidato a governador ou senador. A candidata da Rede, Marina Silva, por exemplo, viajou ao Amapá no fim de semana que passou para fazer campanha. O mesmo estado não está nos planos de Henrique Meirelles, do MDB, que já esteve por lá.

Outra estratégia para otimizar o tempo é fechar a semana em regiões próximas. É a tática do PDT, de Ciro Gomes.Nesta semana, participará de atos públicos em Brasília, Mato Grosso do Sul e Tocantins. Na capital federal, fará o corpo a corpo na Feira de Ceilândia. “A ideia em potencializar nosso tempo é escolher estados próximos de uma mesma região. Vamos conversar com o povo em centros de grande movimentação e participar de sabatinas e conferências com representantes da sociedade nos dias em que não houver debate. A cada semana, passamos dois ou três dias”, explicou o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. (Do Correio Braziliense)

Hora de convencer
Os candidatos terão que otimizar o tempo para convencer o máximo de eleitores até o pleito de 7 de outubro. Entenda o planejamento dos presidenciáveis

Campanha
mais curta diferentemente da última eleição, são apenas 50 dias, não mais 90.

Debates
os candidatos terão mais seis debates até o primeiro turno, em 7 de outubro.

9/9    TV Gazeta
18/9    Poder 360/        
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20/9    TV Aparecida
26/9    SBT
30/9    Record
4/10    Globo

Em face do calendário mais curto, a maioria das campanhas vai apostar em estratégias diversas, como redes sociais, participação em sabatinas realizadas pela imprensa ou entidades e “corpo a corpo” com a população. Comícios, no entanto, não devem ser utilizados pela maioria dos presidenciáveis.