O perfil conciliador que Dias Toffoli quer imprimir no cargo reflete a carreira profissional do ministro. Antes de assumir uma cadeira no Supremo, atuou no Executivo como advogado-geral da União (de 2007 a 2009) no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atualmente condenado e preso no âmbito da Operação Lava-Jato.

No Legislativo, atuou como assessor Jurídico da Liderança do PT na Câmara dos Deputados (1995 a 2000). Entre julho de 1999 e agosto de 2007, foi filiado ao PT, conforme registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ministro tomou posse no STF em 2009, nomeado por Lula. Natural de Marília (SP), o ministro é formado em Direito pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco da Universidade de São Paulo - USP, que frequentou de 1986 a 1990.

Pauta social
Toffoli já definiu a pauta de julgamentos do plenário da Suprema Corte para a segunda quinzena deste mês, optando por temas de impacto social e ambiental - e sem polêmicas. O presidente do STF não pretende pautar ainda neste ano ações que discutem a possibilidade de execução provisória de pena, como a prisão, após condenação em segunda instância. Ele avalia que isso provocaria um “desgaste” à imagem do tribunal em período eleitoral. O tema, no entanto, pode retornar ao plenário no primeiro semestre de 2018, já que o STF ainda não julgou definitivamente as ações, o que tem levado a críticas dentro e fora da Corte. (Agência Estado)