LAVA-JATO » Palocci pede liberdade após sua delação

Publicação: 11/10/2018 03:00

O ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil) pediu a revogação de sua prisão preventiva e a concessão de redução de pena devido a sua efetiva colaboração à polícia e à Justiça pelas revelações e provas apresentados no âmbito da Operação Lava-Jato - e em outras apurações.

Em pedido apresentado pela defesa ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), o delator enumera as provas apresentadas, como “dois contratos fictícios”, “e-mails”, anotações feitas em sua agenda e em uma tabela “que confirma como era realizada a arrecadação de vantagens indevidas” por ele e por “outras pessoas mencionadas em sua colaboração”.

A delação de Palocci incrimina os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, com quem ele trabalhou no governo e fora, em especial, nas campanhas eleitorais. Entre outras coisas o delator narra cobrança de arrecadação de propinas “explícita” feito por Lula no caso das construções de navios-sondas para explorar o petróleo do pré-sal, negócios ilícitos na África, entre outros.

A petição de 16 páginas assinada pelos criminalistas Tracy Reinaldet e Matteus Macedo foi apresentada no processo em que foi homologada em junho a delação premiada de Palocci com a Polícia Federal, pelo desembargador João Pedro Gebran Neto, relator da Lava-Jato no TRF-4 - a segunda instância dos processos de Curitiba.

Homologada em junho e parcialmente tornada pública no dia 1º pelo juiz federal Sérgio Moro, dos processos de primeiro grau em Curitiba, a delação foi aceita, mas alguns benefícios pedidos, como a possibilidade de cumprir prisão em casa e uma redução de suas penas, não.

Por isso, o advogado Tracy Reinaldet informou ao TRF-4 que queria “traçar breves considerações sobre a efetividade da colaboração” de Palocci “e sobre as razões pelas quais ele é merecedor de um benefício de redução de pena”. (Agência Estado)