Candidatos derrotados no primeiro turno da eleição presidencial, Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) se reuniram em Brasília ontem para discutir estratégias de uma “oposição democrática” ao governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) e “defesa das instituições”.

O encontro foi registrado por Marina, líder do partido Rede Sustentabilidade, em suas redes sociais. “Trocamos ideias sobre o desafio de uma oposição democrática, que seja comprometida com o desenvolvimento sustentável, a defesa das instituições e do interesse nacional”, escreveu Marina.

Mais cedo, Ciro publicou um vídeo agradecendo mensagens recebidas em seu aniversário, que foi na terça-feira, e disse ter intenção de “seguir lutando pelo Brasil, pelo nosso povo”.

Ciro Gomes disse que foi ele quem procurou a ex-presidenciável para o encontro, na sede da Rede, partido de Marina. “Procurei Marina Silva para uma conversa. O encontro aconteceu na sede da Rede, em Brasília. Falamos sobre o futuro do Brasil, principalmente em relação à defesa da institucionalidade democrática, dos interesses nacionais e da pauta das populações mais vulneráveis”, disse o pedetista em mensagem publicada no Twitter.

Ciro Gomes foi o terceiro colocado no primeiro turno, com 13,3 milhões de votos (12,4%). Marina Silva ficou em oitavo, com 1 milhão (1%). O PDT elegeu 28 deputados federais e a Rede, 2. A partir de 2019, o PDT terá 4 parlamentares no Senado e a Rede, 5.

No segundo turno da eleição presidencial, o PDT, partido de Ciro, declarou “apoio crítico” a Fernando Haddad (PT), mas o ex-candidato não se pronunciou a favor do petista. Ele somente se disse contrário à candidatura Bolsonaro.

A Rede, de Marina Silva, recomendou aos filiados “nenhum voto” em Bolsonaro. A ex-presidenciável manifestou “voto crítico” em Haddad.  (Da redação com Agência Estado)