“Jamais entraria para a política.” A declaração do juiz federal Sérgio Moro, magistrado responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância da justiça, foi feita durante entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo publicada no dia 6 de novembro de 2016. Na ocasião, o magistrado foi questionado se se candidataria a um cargo eletivo ou se entraria para a política. “Não, jamais. Jamais. Sou um homem de Justiça e, sem qualquer demérito, não sou um homem da política. Acho que a política é uma atividade importante, não tem nenhum demérito, muito pelo contrário, existe muito mérito em quem atua na política, mas eu sou um juiz, eu estou em outra realidade, outro tipo de trabalho, outro perfil. Então, não existe esse risco”, respondeu Moro na entrevista.

Substituta
A saída de Moro para assumir o superministério da Justiça abre uma vaga na 13.ª Vara Federal de Curitiba. Quem poderá ocupar a cadeira que foi de Moro por toda a Operação Lava-Jato e desde muito antes? Em um primeiro momento, quem tomará decisões sobre os processos da Lava-Jato será a juíza federal substituta Gabriela Hardt, que já atuou no caso todas as vezes em que Moro estava ausente - em maio, ela mandou prender o ex-ministro José Dirceu.

Gabriela ocupa o cargo desde 2014. No próximo dia 14, ela deverá interrogar o ex-presidente Lula na ação penal do sítio de Atibaia, em que o petista é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. Amiga de Moro, ela é atleta e nadadora. (AE)