Gonzaga Patriota e Gleide  Ângelo devem comandar a eleição da Mesa Diretora, respectivamente, da Câmara dos Deputados e da Assembleia Legislativa. O Partido Socialista Brasileiro deve estar no comando das eleições do Brasil e de Pernambuco no dia 1º de fevereiro. Em Brasília, o deputado federal pernambucano Gonzaga Patriota dará posse aos deputados federais e, em seguida, poderá presidir a sessão que elegerá o futuro presidente da Câmara dos Deputados, bem como os demais integrantes da Mesa Diretora. Em Pernambuco, o mesmo tipo de reunião para escolher os principais representantes da Assembleia Legislativa será comandada, pela primeira vez, por uma mulher: a deputada Gleide  Ângelo. Os dois são filiados ao PSB e, curiosamente, são chamados de “socialistas” - palavra que virou alvo de críticas do primeiro discurso do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Gonzaga Patriota estará sob os holofotes da principal disputa brasileira no início do próximo mês.  Ele pode presidir a sessão por ser o deputado com o maior número de mandatos e o mais velho, vai completar 73 anos no dia 26 de abril de 1946. Patriota vai estrear o oitavo mandato federal, tendo como principal reduto o município de Petrolina, no Sertão pernambucano. “Eu vou dar posse a todos os deputados numa cerimônia pela manhã e, caso não seja indicado pelo PSB para concorrer a um cargo da Mesa Diretora (são sete ao todo), conduzirei a eleição da mesa. Se não for eu, será Átila Lira, do PSB do Piauí”, disse Gonzaga.   

Por enquanto, antes de o partido bater o martelo sobre cargos da mesa, o nome de Gonzaga também foi confirmado pela assessoria de imprensa da Câmara dos Deputados. Ele assumirá o comando dos trabalhos legislativos nesse dia porque o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), estará impedido da missão, porque vai disputar a reeleição. A coincidência chama a atenção porque o PSB, oficialmente, não deverá apoiar a reeleição de Rodrigo Maia, favorito para ser o futuro presidente do Poder Legislativo que desempenha três funções primordiais para a democracia: representar o povo brasileiro, legislar sobre os assuntos de interesse nacional e fiscalizar a aplicação dos recursos públicos. A Câmara é chamada de a “Casa do Povo”. Nada tão importante para a sociedade civil, portanto, do que ficar de olho nesse dia 1º de fevereiro.

O próximo presidente da Câmara é quem terá o poder de colocar, na ordem do dia, propostas referentes às áreas econômicas e sociais, por exemplo. É o futuro presidente quem pode fazer andar um pedido de impeachment ou engavetá-lo, basta lembrar do ex-presidente Eduardo Cunha (MDB-RJ). E os nomes escolhidos para presidir a Câmara e ocupar os demais cargos também terão o papel importante na fiscalização do governo, entre outros pontos.