Peregrinação para escutar os colegas Felipe Francischini, eleito ontem presidente da CCJ, quer até o dia 20 conversar com integrantes da comissão sobre reforma da Previdência

Publicação: 14/03/2019 03:00

Eleito presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Felipe Francischini (PSL-PR) disse ontem à noite que pretende tentar conversar individualmente com os integrantes do colegiado até o dia 20 de março sobre o cronograma de tramitação da reforma da Previdência. Ele avisou que buscará consenso com as lideranças.

O deputado, de 27 anos, foi eleito à presidência da CCJ com 47 votos; outros 15 votos foram em branco e 2 nulos. A deputada Bia Kicis (PSL-DF) foi eleita 1ª vice-presidente com 39 votos. A votação também teve 22 votos em branco e 2 votos nulos. A eleição na CCJ ocorreu por cédulas de papel, após problemas na urna eletrônica.

Após eleito, Francischini agradeceu a indicação do PSL e os votos favoráveis. “Quero fazer uma gestão que respeite todos os deputados. Teremos as reformas mais importantes nesta legislatura e tenho certeza de que o debate tem de ser preponderante”, afirmou. “Até quarta-feira que vem, quero conversar individualmente com todos os titulares e suplentes para tentar, da melhor maneira possível, chegar a um consenso para a tramitação da reforma da Previdência”, disse Francischini.

O prazo de cinco sessões para a votação da admissibilidade da reforma na CCJ começa a contar a partir de hoje. Os deputados, porém, defendem que qualquer cronograma de tramitação só seja definido após a chegada da proposta que vai alterar regras dos militares.

A preocupação dos parlamentares é garantir que todos darão sua contribuição para a reforma da Previdência e evitar que alguma categoria fique de fora.

Durante a sessão de instalação da CCJ, o líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), e o líder do PSB na Casa, Tadeu Alencar (PSB-PE), apresentaram requerimento para a convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes, no colegiado.Eles querem que o ministro preste esclarecimentos sobre a proposta de reforma da Previdência antes que a admissibilidade seja votada no colegiado. Na convocação, a autoridade é obrigada a comparecer, sob pena de responder por crime de responsabilidade. O requerimento ainda precisa ser analisado pela CCJ.

Se for aprovada a admissibilidade da proposta na CCJ, o texto seguirá para a análise de uma comissão especial, responsável por discutir o mérito da reforma, ou seja, o conteúdo enviado pelo governo. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já estimou ser possível votar o texto no plenário em maio. (Da redação com Agência Estado e Agência Câmara)