O desastre político que é o Governo Bolsonaro, agravado, no momento, com a questão do desmatamento e das queimadas na Amazônia, voltou a ser o assunto mais debatido em todas as rodas políticas no país. Esse, por exemplo, foi o assunto que dominou as conversas entre políticos e amigos, que foram abraçar  o senador Jarbas Vasconcelos (MDB), pelo seu aniversário, sexta-feira, no Debate - seu escritório político.  “Será que Bolsonaro termina o mandato” foi a pergunta mais repetida e mais desejada, por alguns. Paralelamente, em Salvador, onde participava da Semana do Clima, evento da ONU, o prefeito  Geraldo Julio (PSB), que é presidente do ICLEI (Governos Locais pela Sustentabilidade) na América do Sul, alertava sobre a necessidade urgente de se redirecionar a discussão: “Não é hora de enfrentar a ciência. É tempo de enfrentar essa emergência climática que vivemos”. Bem, a contestação feita por Bolsonaro a respeito dos números sobre os desmatamentos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)  e a acusação de que as   ONGs seriam responsáveis pelas queimadas fizeram o mundo estremecer, a ponto de líderes internacionais decidirem levar a questão da Amazônia para a reunião do G-7, que acontece neste fim de semana. Essa é uma reação muito extremada por parte da França, Canadá e Alemanha e agudiza ainda mais o incêndio provocado por Bolsonaro em seu próprio governo.

Com João
Durante o encontro com políticos e amigos, pelo seu aniversário, no  Debate, o senador Jarbas Vasconcelos (MDB)  admitiu que o MDB deve permanecer no palanque da Frente Popular no Recife, apoiando o possível candidato do PSB, o deputado federal João Campos. Mas há  emedebistas que defendem a candidatura do deputado federal Raul Henry, presidente estadual do MDB, a prefeito do Recife.
 
Ainda é cedo
Questionado sobre a sucessão no Recife, Raul Henry ponderou que ainda é  cedo para definições. A propósito, Raul foi uma das presenças mais festejadas no Debate, assim como o ex-governador Roberto Magalhães.

Efeito cascata
Raul Henry, Wolney Queiroz (PDT) e Eduardo da Fonte (PP) também se submeteram a baterias de exames, depois que Danilo Cabral (PSB)  foi surpreendido numa avaliação médica de  rotina e teve que colocar pontes de safena. Wolney e Eduardo da Fonte foram para São Paulo, mas Raul fez os exames no Recife mesmo. Augusto Coutinho (SD) foi o segundo deputado federal a se submeter a uma cirurgia cardíaca depois de Danilo.

Compromisso
O Secretário da Fazenda, Décio Padilha, reafirma que todas as emendas parlamentares registradas no sistema financeiro da Fazenda, as quais totalizam R$ 12,7 milhões, serão pagas até 14 de novembro. Na quinta-feira, parlamentares foram em busca da liberação de emendas na secretaria de Planejamento e não conseguiram.

Próximo passo
Agora, a Secretaria da Casa Civil juntamente com a Secretaria de Planejamento vão se reunir com os deputados para debaterem as demandas de emendas que ainda não foram registradas no sistema da Secretaria da Fazenda. Só depois desse encontro é que será gerado o pedido de nova programação financeira para a  Fazenda, o que até hoje não ocorreu.

Aleluia  
Um dos que procuraram a Secretaria de Planejamento anteontem foi surpreendido no  início da tarde desta sexta-feira com a liberação de três emendas, que haviam colocado em PD (Programação de Desembolso).

Liberalismo democrático
O sociólogo e ex-secretário estadual José Arlindo Soares é um entusiasta do movimento liderado por economistas, como Armínio Fraga e Pedro Malan, para construção de uma candidatura presidencial, embasada por um liberalismo democrático, que se diferencia bastante do liberalismo ditatorial de Bolsonaro e da Social Democracia dos tucanos. E, quem seria o candidato? O empresário e apresentador de televisão Luciano Huck.