FOGO CRUZADO » Bolsonaro indeciso: tira ou não FBC?

por Inaldo Sampaio

Publicação: 23/09/2019 03:00

Anuncia o porta-voz do Palácio do Planalto, Otávio Rego Barros, que o presidente Bolsonaro só vai decidir se mantém ou não o senador Fernando Bezerra na liderança do governo no Senado após retornar dos Estados Unidos. O presidente viajou ontem para abrir, amanhã, em Nova York, a Assembleia das Nações Unidas e não teve tempo para resolver este problema porque sua cabeça estava inteiramente direcionada para a questão da Amazônia. Sendo assim, o senador pernambucano ganhou uma sobrevida de pelo menos uma semana, se até lá não acontecerem fatos novos. Ele já se preparou psicologicamente para deixar o cargo, e com ele uma parte do poder e do prestígio de que desfruta no governo, depois que o ministro Luís Roberto Barroso expediu um mandado de busca e apreensão em seu gabinete do Senado e nas suas residências de Brasília, Recife e Petrolina. Supõe-se que Bolsonaro só não aceitou de pronto o cargo porque não tinha outro nome na agulha para substituir Fernando Bezerra, e que gostaria de mantê-lo na função pelo menos até a votação do nome do filho, Eduardo, para a Embaixada do Brasil nos EUA. Bezerra Coelho já vinha arregimentando votos para o filho do presidente e sem ele na articulação política o placar pode não ser o mesmo.

Por que não antes?
A PCR liberou ontem para o tráfego o trecho da Avenida Rui Barbosa que ficou interditado durante uma semana por causa de problemas na rede de drenagem. Poderia ter feito o serviço em dois ou três dias, se trabalhasse também à noite. Mas, segundo o secretário estadual Alexandre Rebelo (Planejamento), “ficaria mais caro”.

Festa de arromba
Petrolina completou no último sábado 124 anos de emancipação política. O prefeito Miguel Coelho (ex-PSB) só não fez uma grande festa porque deu a “carga máxima” no São João. Contratou apenas dois trios elétricos para animar a orla. Festa de arromba, mesmo, fará em 2020 (125 anos de emancipação e ano de sua reeleição).

Goiana 1
Após mais de 1 ano afastado do cargo para tratamento de saúde, o prefeito de Goiana, Osvaldo Rabelo Filho (MDB), abriu o “verbo” lá, sexta passada, durante entrevista a uma rádio local. Ele desafiou o vereador Bruno Salsa (DEM) para brigar dizendo que, aos 70 anos, nada tem a perder porque já criou os filhos e os netos.

Goiana 2
Bruno Salsa (DEM) foi um dos vereadores que articularam o processo de impeachment do prefeito, na Câmara Municipal, por suposta improbidade administrativa. O prefeito partiu para cima dele com os dois pés dizendo o seguinte: “Mesmo doente, você não me desafia! Pois sou filho de Osvaldo Rabelo e neto de Arnaud Nogueira”.

Ato de peso
Presidente regional do “Podemos”, o deputado Ricardo Teobaldo vai tentar trazer a Limoeiro, agora em outubro, pelo menos 5 dos 11 senadores do partido para um “grande ato de filiação” de prefeitos, ex-prefeitos, vereadores e candidatos nas próximas eleições. O senador Álvaro Dias (PR) já confirmou que virá.

Com seriedade
Raul Henry (MDB) conclama seus colegas deputados que se dizem contra o “fundo eleitoral” e fazerem este debate “com seriedade”. Diz que democracia “custa caro” e como o STF considera “inconstitucional” o financiamento de campanhas por empresas, há que se fazê-las com recursos do FE. “É mais barato e mais democrático”, afirma.

Discurso fácil
É fácil o Partido Novo bater no peito e dizer que é contra o fundo, diz Raul Henry, porque há um banqueiro por trás dele (João Almoêdo) financiando a campanha dos seus candidatos. Mas quem pertence à classe média como ele (Raul) e outros da bancada pernambucana, ou faz campanha com dinheiro público ou cai fora da política.