Com o país registrando mais de 400 mil casos confirmados de Covid-19, a doença também atinge o primeiro escalão da política nacional, com ao menos 30 ocorrências entre ministros de Estado, congressistas, governadores e prefeitos de capital. Apesar de não ter havido nenhuma morte até agora no andar de cima da gestão pública nacional, autoridades ouvidas pela reportagem nas últimas semanas contam óbitos de correligionários e conhecidos.

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), relata que Antonio Felícia, prefeito de São José do Divino (PI), “um grande amigo”, morreu após pegar coronavirus em abril. “Foi tudo muito rápido. Numa quarta-feira teve sintomas, era diabético e hipertenso, e na sexta já veio a óbito. Ele teve contato com um empresário que esteve no Ceará que também veio a óbito”, afirma. Dias fez três testes, todos negativos.

Seis governadores anunciaram ter contraído a doença: Wilson Witzel (PSC-RJ), Helder Barbalho (MDB-PA), Renan Filho (MDB-AL), Paulo Câmara (PSB-PE), Renato Casagrande (PSB-ES) e Antonio Denarium (PSL-RR). “O vírus circula quando as pessoas circulam. O isolamento social é a medida mais eficaz contra a contaminação. Fique em casa, pelo bem da sua saúde e pela saúde de todos”, escreveu Denarium. Ele foi um dos poucos governadores a apoiar Jair Bolsonaro contra o distanciamento social. (Folhapress)