MINISTRO » Cotados para cargo alteram Lattes

Publicação: 03/07/2020 03:00

O Diário Oficial da União (DOU) publicou, ontem, ato que tornou sem efeito a nomeação de Carlos Alberto Decotelli para o comando do Ministério da Educação. Porém, a rumorosa e curta passagem teve um primeiro efeito: potenciais candidatos ao cargo atualizaram seus currículos na Plataforma Lattes.

Um dos cotados, Anderson Ribeiro Correia, professor e reitor do ITA – que teria o aval de militares e da ala ideológica do governo – atualizou as informações a respeito da sua trajetória acadêmica e profissional. De acordo com o Lattes, ele é graduado em engenharia civil e com títulos de mestrado e doutorado na área, e é ex-presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), foi membro do Conselho Deliberativo e é pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), nível 1B. Também atuou na equipe de transição do governos Temer e Bolsonaro.

Os outros dois nomes indicados pela ala militar são Marcus Vinicius Carvalho Rodrigues, ex-presidente do Inep, e Antônio Freitas, pró-reitor da Fundação Getúlio Vargas. Os dois doutores em engenharia de produção também fizeram ajustes nos currículos nos últimos dias.

Ligados à ala ideológica do governo, aparecem as candidaturas de Sérgio Sant’Anna, assessor especial do MEC e aliado do ex-ministro Abraham Weintraub, e Carlos Nadalim, secretário nacional de Alfabetização. Ainda corre por fora Stravos Xanthopoylos, “ex-diretor da área de cursos on-line da FGV”.

O setor privado de educação também tem uma indicação: Gilberto Gonçalves Garcia, um estudioso da área de religião com formação em filosofia pela UFRJ. Também foi presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE) e reitor da Universidade Católica de Brasília.

Ilona Becskeházy seria o nome que mais foge ao perfil dos demais candidatos. Tida como uma das referências na educação pública do país, é um nome extremamente técnico e que já integra o MEC. A secretária de Educação Básica da pasta desde abril é doutora em política educacional pela USP. (Correio Braziliense)