"Não vamos chorar o leite derramado" Ao comentar número de mortes pela Covid-19, Bolsonaro disse que não era um problema só do Brasil: "Morre gente em tudo que é lugar"

Ingrid Soares
do Correio Braziliense

Publicação: 08/04/2021 03:00

Em meio ao aumento dos casos e das mortes por Covid-19 no país, o presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem que não adianta “chorar o leite derramado”. Declaração ocorreu em Foz do Iguaçu, durante cerimônia de posse do novo diretor-geral Brasileiro da Itaipu Binacional, general João Francisco Ferreira.
 
“Não vamos chorar o leite derramado. Estamos passando ainda por uma pandemia que, em parte, é usada politicamente. Não para derrotar o vírus, mas para tentar derrubar o presidente. Todos nós somos responsáveis pelo que acontece no Brasil. Em qual país do mundo não morre gente? Infelizmente, morre gente em tudo que é lugar. Queremos é minimizar esse problema”, apontou.
 
O chefe do Executivo ainda voltou a defender o tratamento off label do que chama de “tratamento precoce”. Ele relatou fala em Chapecó, por onde passou mais cedo. “Há pouco falei em Chapecó, defendi o direito do médico em, não havendo medicamento específico, que use aquilo que acham que devem usar. O tratamento off label. A imprensa me massacrou dizendo que defendi medicamentos não previstos.O que eu defendi e defendo é o médico na ponta da linha receitar aquilo que ele achar mais conveniente em comum acordo com o paciente”, justificou.

Remédio
Bolsonaro se disse surpreso com o empenho da mídia a respeito de informações e cobranças por vacinas. “Tenho certeza que brevemente será apresentado ao mundo um remédio para a cura da Covid. Porque a gente fica assustado, prezada imprensa brasileira, tanta eficiência, né, tanto foco apenas na vacina de US$ 10, 20 a unidade”, continuou.
 
O mandatário completou dizendo que o governo quer vacina, desde que aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas que é necessário preservar o direito do médico em receitar os medicamentos já defendidos por ele como cloroquina, ivermectina e nitazoxanida.