O prefeito do Recife, João Campos (PSB), foi um dos entrevistados do programa Manhã na Clube, na Rádio Clube AM, ontem. Durante quase 30 minutos, o gestor falou, entre outros pontos, que deseja fazer o “maior Carnaval da história do Recife” em 2022 e que o mais importante nas eleições do ano que vem é discutir projetos, e não nomes.
 
João afirmou que a meta do Recife é vacinar todos os adultos até o final de setembro e fechar o ciclo com as duas doses do imunizante até o fim do ano. “Nosso desejo é poder fazer um grande carnaval ano que vem. A palavra final vai ser das autoridades de saúde. Se for permitido, não tenha dúvida que o Recife vai ter o maior Carnaval de sua história”, prometeu o prefeito.
 
Sobre as eleições de 2022, João declarou que o importante não é escolher um nome, mas sim um projeto de governo para o Brasil. “A gente precisa discutir muito mais projeto do que nome. Eu particularmente defendo que o PSB possa sim ter um protagonismo, que possa ajudar na construção desse projeto e discuta o que se quer para o Brasil. Ultimamente as pessoas têm discutido muito mais quais são os nomes que poderão estar à disposição do que o que a gente deseja”, diz.
 
O prefeito do Recife também comentou as especulações de que o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, que é filiado ao PSB, poderia se candidatar à Presidência. “Reafirmo que o PSB deve ter um protagonismo e discutir em seus quadros. E Joaquim é um quadro importante, mas naturalmente primeiro deve partir da vontade dele de querer fazer essa discussão”, comenta.

Geraldo Julio
João ainda elogiou o ex-prefeito do Recife e atual secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Julio (PSB). “O nome de Geraldo é muito forte, foi um excelente prefeito do Recife, conhece bem também o estado de Pernambuco. Eu sei que ele é uma pessoa extremamente preparada e tem capacidade política e técnica muito alta. Para o projeto que ele decidir seguir, terá todo o meu apoio”.

Lula
Sobre a possibilidade de um encontro com o ex-presidente Lula (PT), João se disse aberto ao diálogo. “Se tiver uma eventual visita do ex-presidente Lula ou de qualquer liderança e nós formos procurados, a gente pode sim dialogar. Isso não necessariamente representa que você concorda com tudo que essa pessoa acredita ou que tem algum desejo de apoiar uma liderança política na eleição”, falou.
 
João também reafirmou a oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no ano que vem. “A única certeza é que a gente deve ter um projeto que seja capaz de tirar Bolsonaro da Presidência da República. Porque o Brasil precisa disso. O Brasil jamais aguentaria mais quatro anos de gestão do atual presidente, que além de ter flertes autoritários também não tem projeto para quem mais precisa no país”, finaliza.