Disputa deve ter a oposição fragmentada Haverá três ou quatro palanques, com o DEM puxando um. Outro terá PSDB, PSC, Cidadania e PL, além de um bolsonarista e talvez um do PT

Elizabeth Souza e Henrique Souza
Especial para o Diario
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Publicação: 25/09/2021 03:00

A pouco mais de um ano das eleições, os pré-candidatos ao Governo de Pernambuco intensificam as movimentações. Embora alguns evitem falar abertamente sobre a disputa, os encontros com aliados e articulações têm aumentado nas últimas semanas, em especial na oposição. Neste campo, a tendência é de fragmentação, com possibilidade de três ou quatro candidaturas majoritárias.
 
Dois grupos já postos tendem a marchar separados. De um lado, PSDB, PL, PSC e Cidadania, que divulgaram a aliança em nota conjunta na última quinta-feira. Os prefeitos Anderson Ferreira (PL), de Jaboatão dos Guararapes, e Raquel Lyra (PSDB), de Caruaru, despontam como nomes para a majoritária. Do outro lado, o DEM, com  o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho.
 
Além destes, existe a possibilidade dos aliados mais próximos de Jair Bolsonaro bancarem uma candidatura própria. Seria a forma de fortalecer o projeto de reeleição do presidente no estado.
 
A oposição pode chegar a quatro chapas caso não vingue uma aliança do PT e Frente Popular, liderada pelo PSB do governador Paulo Câmara e com ao menos quatro pré-candidaturas ventiladas. A mais forte, embora negada por ele próprio, é a do ex-prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB). Entre os petistas, o nome mais forte para uma possível candidatura do partido é o da deputada federal Marília Arraes.
 
Há a possibilidade de que alguns desses nomes não cheguem a ser confirmados como candidatos. Para a cientista política Priscila Lapa, é preciso levar em conta alguns fatores, como a possibilidade do retorno das coligações partidárias para o ano que vem.
 
“Se o Senado referendar a volta das coligações, podemos ter uma eleição mais tranquila no sentido de formação de alianças para a majoritária. Se as coligações não voltam, a tendência é um pouco mais de fragmentação porque os partidos usam a estratégia de fortalecer a legenda tendo o seu próprio candidato”, explica. O Senado derrubou as coligações em duas votações, mas o projeto do novo código eleitoral ainda tramita na Casa.