Estratégias para colocar o nome na rua

Publicação: 25/09/2021 03:00

Os dois grupos de oposição já vêm recorrendo a estratégias diferentes, segundo os estudiosos da política. “É muito claro que Miguel (Coelho) vem ocupando os espaços de pré-campanha, essa filiação ao DEM é um exemplo muito claro de como ele está trabalhando essa estratégia de ocupar agenda”, avalia Priscila Lapa.
 
Lapa avalia que Raquel Lyra e Anderson Ferreira, outros nomes que despontam para concorrer ao governo do estado, não se posicionam “de maneira tão clara”.  “Por exemplo, todas as vezes que Raquel ou as pessoas próximas a ela são perguntadas se será candidata sempre surgem respostas escorregadias, dando a entender que não é uma questão resolvida”, pontua. “Esse comportamento dúbio em uma etapa de definição favorece quem já se posicionou”, crava.  
 
Apesar das objeções levantadas, o cientista político Caio Santos acredita que a construção política e o legado histórico dos partidos e candidatos a serem considerados. “O DEM de Pernambuco não consegue se desvincular dos seus movimentos pró-Bolsonaro e muitas vezes eles nem querem isso, como ficou claro nas eleições do ano passado no Recife com Mendonça (Filho)”, relembra.
 
Quanto a Raquel Lyra, Caio Santos afirma que a prefeita de Caruaru se posiciona de maneira mais independente, tentando colocar a sua própria história como plataforma. “Então, pra mim, quem tem mais chances de conseguir resultados positivos em 2022 é (Raquel) Lyra, (Miguel) Coelho e por fim Anderson (Ferreira), que acredito ser o que tem mais propensão a não sair candidato”, disse o cientista política.