Faltando pouco menos de um ano para as eleições, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ainda não definiu por qual sigla irá disputar o pleito. Bolsonaro já abandonou a ideia de se filiar a um partido “nanico”, onde teria mais poder, e deve migrar para uma sigla que integra o Centrão, grupo onde estão aliados fiéis do governo. Hoje, o presidente é “cortejado” por PP e PL, com maior representação na Câmara e que terão mais recursos do fundo partidário e tempo de televisão.
 
A chegada de Bolsonaro em uma das duas legendas pode gerar mudanças nas composições estaduais para o ano que vem em Pernambuco. O PP, por exemplo, integra a Frente Popular, que é oposição ao governo federal. Nos bastidores, a possibilidade mais provável é mesmo que Bolsonaro vá para o PP. Aliados do presidente, como o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), têm intermediado as conversas.
 
Caso Bolsonaro realmente se filie ao PP, a mudança pode gerar uma dissidência na sigla a nível estadual. O principal nome da sigla no estado, o deputado federal Eduardo da Fonte, inclusive, é frequentemente apontado como nome a disputar o Senado na chapa.
 
Por outro lado, se o presidente escolher o PL, também pode causar alterações nas costuras para 2022 em Pernambuco. O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), é ventilado como pré-candidato ao governo. Na segunda opção, Anderson pode firmar aliança com a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB).