Milton Ribeiro, um colecionador de polêmicas

Luana Patriolino
do Correio Braziliense

Publicação: 23/06/2022 03:00

O ex-ministro Milton Ribeiro assumiu o comando do Ministério da Educação no dia 16 de julho de 2020. Milton Ribeiro se apresenta como pastor presbiteriano, teólogo, advogado e professor, mas sua entrada na pasta não acalmou os ânimos no setor.
 
Novembro do ano passado, a menos de três semanas da aplicação do Enem, 37 servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do MEC responsável pela prova, entregaram seus cargos. Eles mencionaram episódios de assédio moral e fragilidade do comando da entidade.
 
Antes, em abril daquele ano, Cláudia Mansani Queda de Toledo foi nomeada para comandar a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), mas a decisão foi extremamente criticada, pois a reitora teve um curso de pós-graduação com recomendação de descredenciamento pelo próprio órgão por não ter atingido a nota mínima.
 
Ribeiro também acumula polêmicas envolvendo frases preconceituosas. No mês de agosto, disse que a “universidade deveria, na verdade, ser para poucos, nesse sentido de ser útil à sociedade” e defendeu os institutos federais como capazes de mudar a educação no país. Na mesma gravação, afirmou que, quando um aluno com deficiência é colocado em salas de aula comuns, “atrapalha” a aprendizagem dos colegas. O ex-ministro também foi denunciado por declarações homofóbicas.