Fritura de Flávio Dino aquece cada vez mais
Episódio da "Dama do Tráfico" enfatizou ataques de bolsonaristas contra o ministro da Justiça e Segurança Pública e abalou indicação para vaga no STF
Publicação: 20/11/2023 03:00
Parlamentares bolsonaristas intensificam a ofensiva contra o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB). O caso das audiências concedidas pela pasta a Luciane Barbosa, mulher de um líder do Comando Vermelho, fez disparar o número de requerimentos para que ele seja convocado à Câmara. Já são 95 pedidos para que o titular da pasta esclareça quase duas dezenas de assuntos: do MST ao porte de armas; da ida dele ao Complexo da Maré até as imagens do 8 de janeiro. Além, claro, das visitas da chamada “Dama do tráfico” amazonense ao ministério.
Desde o início do governo, Dino é alvo da oposição. Ele esteve algumas vezes no Congresso, em especial na Câmara, onde encarou os ataques dos bolsonaristas. Ao todo, há 120 pedidos de convocação e convite para que ele compareça ao Parlamento: 107 na Câmara e 13 no Senado.
O foco no momento é o episódio da “dama do tráfico”. Luciane foi recebida na pasta da Justiça por dois auxiliares de Dino, não pelo ministro. Ainda assim, os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) querem levá-lo para que dê explicações em audiências públicas. No Congresso, já há pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
A repercussão do caso abalou o favoritismo de Dino para a vaga aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, do STF.
Pretextos
Recentemente, o titular da Justiça se negou a comparecer a uma convocação da Comissão de Segurança Pública, onde se concentram parlamentares da bancada da bala. Ele argumentou que, ali, corria riscos, já que parte dos deputados têm porte de arma e não são revistados na entrada do Congresso.
Um dos parlamentares que querem convocar Dino, Gilvan da Federal (PL-ES), conhecido por circular com bandeira do Brasil no ombro, justificou: “É imprescindível que sejam esclarecidos quais os motivos que levaram a citada integrante do Comando Vermelho ter sido recebida em audiências fora da agenda oficial por Elias Vaz, secretário Nacional de Assuntos Legislativos, e Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais, ambas as autoridades do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Inclusive, essas audiências foram confirmadas por aquela pasta de governo”. Mas ele só pede a convocação do ministro.
Os bolsonaristas usam dos mais variados pretextos para expor Dino nessas audiências. Cobram do ministro explicações a respeito de invasões do MST; da ida dele ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro; da suposta ocultação de imagens da Força Nacional de Segurança no 8 de janeiro; do funcionamento das urnas eletrônicas; e decretos do governo sobre restrição a porte e posse de arma e munições.
Neste mês, por exemplo, o deputado Marcos Pollon (PL-MS), uma liderança dos CACs (caçadores, atiradores e colecionadores), protocolou requerimento para Dino ir explicar a compra de 36 metralhadoras leves e miras optrônicas para o Departamento Penitenciário Nacional (Depen). (Correio Braziliense)
Desde o início do governo, Dino é alvo da oposição. Ele esteve algumas vezes no Congresso, em especial na Câmara, onde encarou os ataques dos bolsonaristas. Ao todo, há 120 pedidos de convocação e convite para que ele compareça ao Parlamento: 107 na Câmara e 13 no Senado.
O foco no momento é o episódio da “dama do tráfico”. Luciane foi recebida na pasta da Justiça por dois auxiliares de Dino, não pelo ministro. Ainda assim, os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) querem levá-lo para que dê explicações em audiências públicas. No Congresso, já há pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
A repercussão do caso abalou o favoritismo de Dino para a vaga aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, do STF.
Pretextos
Recentemente, o titular da Justiça se negou a comparecer a uma convocação da Comissão de Segurança Pública, onde se concentram parlamentares da bancada da bala. Ele argumentou que, ali, corria riscos, já que parte dos deputados têm porte de arma e não são revistados na entrada do Congresso.
Um dos parlamentares que querem convocar Dino, Gilvan da Federal (PL-ES), conhecido por circular com bandeira do Brasil no ombro, justificou: “É imprescindível que sejam esclarecidos quais os motivos que levaram a citada integrante do Comando Vermelho ter sido recebida em audiências fora da agenda oficial por Elias Vaz, secretário Nacional de Assuntos Legislativos, e Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais, ambas as autoridades do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Inclusive, essas audiências foram confirmadas por aquela pasta de governo”. Mas ele só pede a convocação do ministro.
Os bolsonaristas usam dos mais variados pretextos para expor Dino nessas audiências. Cobram do ministro explicações a respeito de invasões do MST; da ida dele ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro; da suposta ocultação de imagens da Força Nacional de Segurança no 8 de janeiro; do funcionamento das urnas eletrônicas; e decretos do governo sobre restrição a porte e posse de arma e munições.
Neste mês, por exemplo, o deputado Marcos Pollon (PL-MS), uma liderança dos CACs (caçadores, atiradores e colecionadores), protocolou requerimento para Dino ir explicar a compra de 36 metralhadoras leves e miras optrônicas para o Departamento Penitenciário Nacional (Depen). (Correio Braziliense)