Correndo por algo inédito
Pressionado, Sport recebe Palmeiras neste domingo na Ilha do Retiro e tenta sequência de vitórias que nunca teve na Série A
texto: Brenno Costa
brenno.costa@diariodepernambuco.com.br
Publicação: 22/09/2018 03:00
Diante do Palmeiras, às 18h deste domingo, o Sport inicia a contagem regressiva na luta contra a zona de rebaixamento. O Leão precisa vencer todas as sete partidas como mandante para se livrar da queda, chegando à margem segura de 45 pontos para este ano. Se não alcançar a meta, terá que se arriscar nos outros cinco duelos que restam longe da Ilha do Retiro. A marca por si só já é difícil de ser batida. Em um contexto histórico e levando em conta o desempenho atual, o número fica ainda mais distante de ser alcançado. Afinal, o atual elenco tem o pior aproveitamento do Leão na Série A sob seus domínios desde 2009, quando acabou na Segunda Divisão. Pior. O time nunca teve sete triunfos seguidos como mandante na Série A de pontos corridos, disputada desde 2003.
Desde que o sistema foi implantado, o Sport está na nona participação na elite. O momento em que chegou mais próximo da meta traçada por Eduardo Baptista esta semana foi em 2015, quando o próprio técnico comandou o Rubro-negro. Na ocasião, o time engatou uma sequência de seis vitórias seguidas em casa. No fim, terminou com a melhor campanha da história no formato, ficando no sexto lugar.
Na atual edição do Brasileiro, a situação é bem diferente. Até o momento, o Rubro-negro disputou 12 rodadas recebendo os rivais. A maior sequência de vitórias foram dois triunfos seguidos. Está longe, portanto, do desejo traçado. Em um contexto geral de aproveitamento dos pontos, o time leonino também está muito abaixo da meta. Até agora, conseguiu um rendimento de 47,22%.
É, portanto, levemente superior à temporada de nove anos atrás com 42,10% dos pontos conquistados (veja levantamento ao lado). Nesse cenário de dificuldade, o técnico Eduardo Baptista tenta levantar a confiança do elenco e mudou a semana do clube. Na última terça-feira, pediu para dar entrevista quebrando o protocolo e sacramentou antecipadamente a vitória do Leão sobre o Palmeiras, mostrando confiança.
“Talvez, eu esteja no lugar certo e na hora certa. Eu acredito e muito. Não vou dizer que vai ser fácil. A gente está no limite. A gente tem que falar a verdade. No futebol brasileiro, se conta muita história e se engana o torcedor. Nós temos as nossas dificuldades, mas os jogadores e a comissão técnica estão cientes disso”, disse o comandante do Sport.
Sabia mais
Sport como mandante na Série A de pontos corridos
Em 2007
11 vitórias, 5 empates e 3 derrotas
66,66% de aproveitamento
Maior sequência de vitórias
3 vitórias
Em 2008
11 vitórias, 6 empates e 2 derrotas
68,42% de aproveitamento
Maior sequência de vitórias
3 vitórias (por duas vezes)
Em 2009
7 vitórias, 3 empates e 9 derrotas
42,10% de aproveitamento
Maior sequência de vitórias
3 vitórias
Em 2012
7 vitórias, 6 empates e 6 derrotas
47,36% de aproveitamento
Maior sequência de vitórias
2 vitórias
Em 2014
10 vitórias, 6 empates e 3 derrotas
63,15% de aproveitamento
Maior sequência de vitórias
3 vitórias (duas vezes)
Em 2015
13 vitórias, 5 empates e 1 derrota
77,19% de aproveitamento
Maior sequência de vitórias
6 vitórias
Em 2016
10 vitórias, 5 empates e 4 derrotas
61,40% de aproveitamento
Maior sequência de vitórias
2 vitórias (por duas vezes)
Em 2017
7 vitórias, 7 empates e 5 derrotas
49,12% de aproveitamento
Maior sequência de vitórias
3 vitórias
Em 2018 (7 jogos a fazer)
4 vitórias, 5 empates e 3 derrotas
47,22% de aproveitamento
Maior sequência de vitórias
2 vitórias
Palmeiras
O rival do Sport chega para a partida no meio de duas decisões. Após vencer por 2 a 0 o Colo Colo pelas quartas de final da Copa Libertadores, na última quinta-feira, a equipe encara o Cruzeiro pelas semifinais da Copa do Brasil, na próxima quarta. Com isso, o técnico Luiz Felipe Scolari escalará um time alternativo para o confronto.
“Pensei em parar de jogar”
Durval, neste ano, esteve muito longe dos números que acumulou na carreira. Titular por onde passou e repleto de títulos no currículo, o ídolo rubro-negro viu boa parte da temporada passar do banco de reservas. Ele só fez 11 jogos até o momento. Na história do Leão, por exemplo, soma 470 partidas e oito taças de campeão. O retrospecto vitorioso junto a imprevistos, como uma lesão na panturrilha e o falecimento da mãe, aumentaram o sofrimento neste ano.
Com todo esse cenário ruim e diante da falta de oportunidades, por sinal, o zagueiro de 38 anos admitiu que pensou em parar de jogar em uma entrevista coletiva franca, na última sexta-feira, no CT do clube. Agora titular com Eduardo Baptista, Durval sonha que o Rubro-negro se livre do rebaixamento. Até porque, para ele, a queda pode representar o fim da carreira de jogador com um capítulo triste. O próprio defensor também declarou que pensará duas vezes se tiver que atuar pelo Leão na Série B.
Quase desistência
“Eu estava bastante chateado, mas trabalhando. Nunca deixei de trabalhar, treinar. Ficava chateado por não estar jogando, mas sempre respeitando os companheiros. Eu queria estar jogando. Sabia que um momento poderia entrar em alguns jogos e ajudar. Eu pensei, seriamente, nesse período que passei parado sem jogar em parar de jogar futebol. Pelos treinadores que passaram aí e a situação do clube que estava passando sem ganhar, os treinadores não mudavam a equipe. Então, eu ficava bastante chateado. Eu ficava... não vou falar o palavrão (riso). Sinceramente, eu pensei em parar esse ano.”
Se cair, deve parar
“Dependendo da situação... não sei. Se o Sport se safar e permanecer na Primeira Divisão, talvez eu jogue mais um ano. Se for para Segunda Divisão, acho que, não por manchar a carreira, eu vou pensar duas vezes em jogar por mais um ano. Mas, se permanecer na Primeira Divisão, eu talvez jogue mais um ano.”
Confiança no time
“Eu tenho confiança. Se eu não confiar, ninguém iria. Acredito que a gente vá sair dessa situação a começar já pelo jogo deste domingo. Se a gente continuar com a postura do jogo contra Cruzeiro e contra Corinthians, dificilmente, a gente vai cair.”
Desde que o sistema foi implantado, o Sport está na nona participação na elite. O momento em que chegou mais próximo da meta traçada por Eduardo Baptista esta semana foi em 2015, quando o próprio técnico comandou o Rubro-negro. Na ocasião, o time engatou uma sequência de seis vitórias seguidas em casa. No fim, terminou com a melhor campanha da história no formato, ficando no sexto lugar.
Na atual edição do Brasileiro, a situação é bem diferente. Até o momento, o Rubro-negro disputou 12 rodadas recebendo os rivais. A maior sequência de vitórias foram dois triunfos seguidos. Está longe, portanto, do desejo traçado. Em um contexto geral de aproveitamento dos pontos, o time leonino também está muito abaixo da meta. Até agora, conseguiu um rendimento de 47,22%.
É, portanto, levemente superior à temporada de nove anos atrás com 42,10% dos pontos conquistados (veja levantamento ao lado). Nesse cenário de dificuldade, o técnico Eduardo Baptista tenta levantar a confiança do elenco e mudou a semana do clube. Na última terça-feira, pediu para dar entrevista quebrando o protocolo e sacramentou antecipadamente a vitória do Leão sobre o Palmeiras, mostrando confiança.
“Talvez, eu esteja no lugar certo e na hora certa. Eu acredito e muito. Não vou dizer que vai ser fácil. A gente está no limite. A gente tem que falar a verdade. No futebol brasileiro, se conta muita história e se engana o torcedor. Nós temos as nossas dificuldades, mas os jogadores e a comissão técnica estão cientes disso”, disse o comandante do Sport.
Sabia mais
Sport como mandante na Série A de pontos corridos
Em 2007
11 vitórias, 5 empates e 3 derrotas
66,66% de aproveitamento
Maior sequência de vitórias
3 vitórias
Em 2008
11 vitórias, 6 empates e 2 derrotas
68,42% de aproveitamento
Maior sequência de vitórias
3 vitórias (por duas vezes)
Em 2009
7 vitórias, 3 empates e 9 derrotas
42,10% de aproveitamento
Maior sequência de vitórias
3 vitórias
Em 2012
7 vitórias, 6 empates e 6 derrotas
47,36% de aproveitamento
Maior sequência de vitórias
2 vitórias
Em 2014
10 vitórias, 6 empates e 3 derrotas
63,15% de aproveitamento
Maior sequência de vitórias
3 vitórias (duas vezes)
Em 2015
13 vitórias, 5 empates e 1 derrota
77,19% de aproveitamento
Maior sequência de vitórias
6 vitórias
Em 2016
10 vitórias, 5 empates e 4 derrotas
61,40% de aproveitamento
Maior sequência de vitórias
2 vitórias (por duas vezes)
Em 2017
7 vitórias, 7 empates e 5 derrotas
49,12% de aproveitamento
Maior sequência de vitórias
3 vitórias
Em 2018 (7 jogos a fazer)
4 vitórias, 5 empates e 3 derrotas
47,22% de aproveitamento
Maior sequência de vitórias
2 vitórias
Palmeiras
O rival do Sport chega para a partida no meio de duas decisões. Após vencer por 2 a 0 o Colo Colo pelas quartas de final da Copa Libertadores, na última quinta-feira, a equipe encara o Cruzeiro pelas semifinais da Copa do Brasil, na próxima quarta. Com isso, o técnico Luiz Felipe Scolari escalará um time alternativo para o confronto.
“Pensei em parar de jogar”
Durval, neste ano, esteve muito longe dos números que acumulou na carreira. Titular por onde passou e repleto de títulos no currículo, o ídolo rubro-negro viu boa parte da temporada passar do banco de reservas. Ele só fez 11 jogos até o momento. Na história do Leão, por exemplo, soma 470 partidas e oito taças de campeão. O retrospecto vitorioso junto a imprevistos, como uma lesão na panturrilha e o falecimento da mãe, aumentaram o sofrimento neste ano.
Com todo esse cenário ruim e diante da falta de oportunidades, por sinal, o zagueiro de 38 anos admitiu que pensou em parar de jogar em uma entrevista coletiva franca, na última sexta-feira, no CT do clube. Agora titular com Eduardo Baptista, Durval sonha que o Rubro-negro se livre do rebaixamento. Até porque, para ele, a queda pode representar o fim da carreira de jogador com um capítulo triste. O próprio defensor também declarou que pensará duas vezes se tiver que atuar pelo Leão na Série B.
Quase desistência
“Eu estava bastante chateado, mas trabalhando. Nunca deixei de trabalhar, treinar. Ficava chateado por não estar jogando, mas sempre respeitando os companheiros. Eu queria estar jogando. Sabia que um momento poderia entrar em alguns jogos e ajudar. Eu pensei, seriamente, nesse período que passei parado sem jogar em parar de jogar futebol. Pelos treinadores que passaram aí e a situação do clube que estava passando sem ganhar, os treinadores não mudavam a equipe. Então, eu ficava bastante chateado. Eu ficava... não vou falar o palavrão (riso). Sinceramente, eu pensei em parar esse ano.”
Se cair, deve parar
“Dependendo da situação... não sei. Se o Sport se safar e permanecer na Primeira Divisão, talvez eu jogue mais um ano. Se for para Segunda Divisão, acho que, não por manchar a carreira, eu vou pensar duas vezes em jogar por mais um ano. Mas, se permanecer na Primeira Divisão, eu talvez jogue mais um ano.”
Confiança no time
“Eu tenho confiança. Se eu não confiar, ninguém iria. Acredito que a gente vá sair dessa situação a começar já pelo jogo deste domingo. Se a gente continuar com a postura do jogo contra Cruzeiro e contra Corinthians, dificilmente, a gente vai cair.”