VINCULADA » Reconhecimento do legado de um ídolo

Publicação: 17/12/2018 03:00

A instituição Clube Náutico Capibaribe tinha uma dívida com um dos maiores jogadores da sua história. Terceiro maior artilheiro da história timbu com 184 gols e atleta que mais vestiu o manto alvirrubro, foram 387 jogos, pode-se dizer que Kuki recebeu o pagamento do clube com os devidos juros e correções que lhe cabiam. Em uma bela festa neste domingo, repleta de ídolos históricos e marcando a partida preliminar de reabertura do estádio dos Aflitos, o atacante foi homenageado pelo clube, pela torcida, pelos funcionários e ex-companheiros. Personagem dos mais emotivos, claro, Kuki não segurou as lágrimas desde a entrada em campo.

O atacante pendurou as chuteiras ao final de 2009, após nove temporadas pelo Timbu, com três títulos conquistados e um legado histórico para o futebol pernambucano. Com o nome gritado pelo estádio inteiro, abraçou-se ao roupeiro Araponga, chorando copiosamente. Os dois trabalham juntos na comissão técnica desde 2010, quando Kuki assumiu o cargo de auxiliar-técnico, função que desempenhou até o final desta temporada.

Ao lado de vários ex-jogadores que defenderam o Náutico na quase uma década em que o centroavante esteve como jogador alvirrubro, Kuki brilhou. Formando o ataque com Thiago Tubarão e Jorge Henrique, reeditou o trio ofensivo que deu o título Estadual ao clube em 2004, tirando o Timbu de uma fila sem conquistas de 12 anos. Quando balançou as redes pela primeira vez, foi celebrado pelos 22 jogadores em campo.

Outros personagens históricos também foram muito aplaudidos. Casos do técnico Muricy Ramalho, do meia Acosta, do goleiro Nilson, o novo reforço do clube Jorge Henrique. A festa contou ainda com nomes como o técnico Roberto Fernandes, os zagueiros Turatto, Everaldo, os laterais Jeff Silva, Rafael, os volantes Sangaletti e Tozo, os meias Acosta, Adriano e Gil Baiano e os atacantes Fumaça, Baiano e Felipe - além de Erick, atual atleta do Vitória.

Bola na rede

Com dois tempos de 30 minutos em ritmo intenso, muitos gols saíram no jogo comemorativo. O primeiro deles do time Branco. Cruzamento de Jeff Silva para Acosta escorar de cabeça na medida para Geraldo fuzilar a meta de Nilson. Kuki empatou, Thiago Tubarão virou e Kuki fechou o 3 a 1 para o time dele no tempo inicial.

O segundo tempo foi a vez de Acosta aparecer. Primeiro, sofrendo uma penalidade que ele mesmo foi para cobrança e perdeu ao tentar uma cavadinha e errar feio. Instantes depois, o uruguaio se redimiu. Ao fim, vitória do time de Kuki, o Listrado, por 3 a 2.

“Primeiramente, gostaria de parabenizar o torcedor que compareceu. Também tenho que agradecer muito aos meus companheiros porque sozinho eu não teria conquistado nada. Também fico muito grato ao Náutico. Todo mundo sabe do carinho que tenho por esse clube. Não tenho nem palavras para agradecer”, disse Kuki.

História

A trajetória de Kuki no Náutico

  • Tricampeão Pernambucano como jogador (2001, 2002 e 2004)
  • Acesso para a Série A em 2011 como auxiliar técnico
  • Campeão Pernambucano de 2018 como auxiliar técnico
  • 184 gols pelo Náutico (3º maior artilheiro do clube)
  • Jogador que mais vestiu a camisa do Náutico(387 vezes)
  • Artilheiro do Campeonato Pernambucano de 2001(14 gols), 2003(16) e 2005(17)
  • Artilheiro da Copa do Nordeste de 2001 (12 gols)