Todas as vítimas do incêndio fatal foram identificadas

Publicação: 11/02/2019 03:00

Terminou no começo da tarde de ontem o trabalho de identificação dos dez atletas do Flamengo que morreram após um incêndio atingir o alojamento em que dormiam, na madrugada de sexta-feira, no Ninho do Urubu, o CT do clube.

O Instituto Médico Legal (IML) estava com dificuldades para identificar duas das vítimas. Os dois últimos jogadores identificados foram Jorge Eduardo dos Santos Pereira Dias e Samuel Thomas de Souza Rosa, ambos de 15 anos.

Na manhã de domingo, Simone de Souza, tia de Jorge Eduardo, havia reclamado publicamente da demora na liberação do corpo do sobrinho. “O Flamengo não tem arcada dentária, o Flamengo não tem nada do Jorge Eduardo. A arcada dentária que eles falam que têm é aquele orçamento que fazem no dentista, foi isso que apresentaram para a gente e não é suficiente. Tão dando todo o apoio, mas para liberar o corpo, é a gente que está indo atrás “

Devido à dificuldade na identificação dos corpos, havia o temor de que o reconhecimento só pudesse ocorrer a partir de exames de DNA, o que inevitavelmente levaria dias para se obter um resultado.

Os peritos, contudo, conseguiram identificar as vítimas a partir de uma técnica chamada “antropologia forense”, que se baseia no biotipo dos corpos - os dois últimos jogadores tinham características físicas bem diferentes, e com base em informações e exames do Flamengo foi possível identificá-los.

Os demais jogadores mortos no incêndio são Arthur Vinícius de Barros Silva, Pablo Henrique da Silva Matos, Vitor Isaías Coelho da Silva, Bernardo Pisetta, Gedson Corgosinho Beltrão dos Santos, Áthila de Souza Paixão, Christian Esmério e Rykelmo de Souza Viana.