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Para a história
Afogados empata em 2 a 2 no tempo normal com o Atlético-MG, mas nos pênaltis vence por 7 a 6 e avança à terceira fase da Copa do Brasil
João de Andrade Neto
esportes@diariodepernambuco.com.br
Publicação: 27/02/2020 03:00
Há jogos que antes mesmo da bola rolar já são históricos. Esse era o caso desse Afogados x Atlético-MG, no estádio Vianão, pela segunda fase da Copa do Brasil, valendo uma cota de R$ 1,5 milhão. Porém, as circunstâncias também ajudam a transformar esses jogos em eternos. E esse também foi o caso desse Afogados x Atlético-MG. Diante de um dos gigantes do futebol brasileiro, a Coruja do Sertão também foi gigante e orgulhou não só a sua torcida, mas todo o futebol pernambucano.
Mesmo com um jogador a menos durante boa parte do segundo tempo (o zagueiro Márcio foi expulso aos 22 minutos), o Afogados esteve por duas vezes à frente do placar, foi guerreiro, mas acabou cedendo o empate por 2 a 2 no tempo normal. Nos pênaltis, voltou a mostrar a garra sertaneja. A garra nordestina.
Mesmo após perder as duas primeiras cobranças, o time foi buscar, o goleiro Wallef defendeu duas vezes e no fim o zagueiro Heverton Luiz converteu o pênalti mais importante da história do futebol do interior. Vitória por 7 a 6. Afogados classificado. Com R$ 1,5 milhão na conta. E com uma história linda para contar. Para se orgulhar. Para sempre.
O jogo
O Afogados adotou uma postura digna da partida mais importante da curta história do clube. Respeitando o Atlético-MG, mas sem se acovardar. Com três volantes, a estratégia adotada pelo técnico Pedro Manta era o de tentar bloquear ao máximo os ataques do adversário, mas sempre que tivesse a posse de bola, adotar uma postura vertical, de buscar o ataque e finalizar sempre que possível. E foi isso que a Coruja fez no primeiro tempo.
Dessa forma, os donos da casa chegaram a incomodar o Atlético-MG, principalmente nos 20 minutos iniciais. O problema era que, muitas vezes, a rapidez em tentar concluir as jogadas era confundida com afobação e isso facilitou o trabalho defensivo do Galo.
Um lance que exemplifica esse contexto ocorreu aos 14 minutos, quando o atacante Diego Ceará encontrou campo livre para avançar, entrar na área, mas finalizou mal, para fora, desperdiçando a melhor oportunidade do primeiro tempo.
Segundo tempo
O Atlético-MG, finalmente, conseguiu impor a sua superioridade técnica nos minutos iniciais.
Já o Afogados, mais retraído, passou a investir mais em contra-ataques e lances esporádicos. Aos 16 minutos, o meia Candinho limpou o zagueiro Iago Maidana e mandou um belo chute de fora da área, sem defesa para o goleiro Michael, abrindo o placar.
A alegria sertaneja, no entanto, durou pouco. Aos 20 minutos, após confusão na área, a zaga do Afogados não conseguiu cortar e Gabriel empatou a partida. Logo em seguida, o zagueiro Márcio foi expulso por falta violenta, deixando os donos da casa com um jogador a menos.
Com o Afogados com um jogador a menos, sem seu principal articulador e o Atlético-MG com uma postura mais ofensiva, o cenário desenhava os minutos finais de pressão do Galo. Mas não foi exatamente o que aconteceu. Aos 27 minutos, o atacante Philip chutou cruzado para fazer um golaço. Porém, ainda havia muito tempo a ser jogado.
Novamente atrás do marcador, Dudamel colocou em campo o experiente atacante Ricardo Oliveira. E no seu primeiro toque na bola, o artilheiro empatou mais uma vez para o Atlético-MG. A decisão seria nos pênaltis.
E a disputa foi longa. Com direito ao Afogados perder as duas primeiras batidas. No fim, vitória por 7 a 6.
ATUAÇÕES - Afogados
Wallef 7
Jáder 5
(Rodrigo) -
Márcio 6
Heverton Luís 6
Thalyson 5,5
Douglas Bomba 6
Eduardo Erê 6
Diego Telles 6
Candinho 7,5
(Willian Gaúcho) -
Philip 8
Diego Ceará 6
Ficha
Afogados 2 (7)
Wallef; Jáder (Rodrigo), Márcio, Heverton Luís e Thalyson; Douglas Bomba, Eduardo Erê, Diego Telles e Candinho (William Gaúcho); Phillip e Diego Ceará. Técnico: Pedro Manta.
X
Atlético-MG 2 (6)
Michael; Maidana (Savarino), Igor Rabelo e Gabriel; Guga, Jair (Ricardo Oliveira), Allan, Otero e Guilherme Arana; Hyoran e Franco di Santo (Natan). Técnico: Rafael Dudamel.
Local: Estádio Vianão, em Afogados da Ingazeira. Árbitro: Sávio Pereira Sampaio (DF) Assistentes: José Reinaldo Nascimento Júnior e Lehi Sousa Silva (ambos do DF) Gols: Candinho, aos 16 min; Gabriel, aos 20 e Philip, aos 27 min; Ricardo Oliveira, aos 33 min do 2º Cartões amarelos: Márcio, William Gaúcho, Rodrigo (AF), Gabriel, Alan (A) Expulsão: Márcio (AF) e Hyoran (AT) Nos pênaltis: Otero, Ricardo Oliveira, Savarino, Guga, Guilherme Arana, Igor Rabelo (converteram para o Atlético-MG), Allan, Natan. Gabriel (perderam); Thalyson, William Gaúcho, Phillip, Rodrigo, Eduardo Eré, Diego Telles, Heverton Luís (converteram para o Afogados), Diego Ceará, Douglas Bomba, (perderam para o Afogados)
Mesmo com um jogador a menos durante boa parte do segundo tempo (o zagueiro Márcio foi expulso aos 22 minutos), o Afogados esteve por duas vezes à frente do placar, foi guerreiro, mas acabou cedendo o empate por 2 a 2 no tempo normal. Nos pênaltis, voltou a mostrar a garra sertaneja. A garra nordestina.
Mesmo após perder as duas primeiras cobranças, o time foi buscar, o goleiro Wallef defendeu duas vezes e no fim o zagueiro Heverton Luiz converteu o pênalti mais importante da história do futebol do interior. Vitória por 7 a 6. Afogados classificado. Com R$ 1,5 milhão na conta. E com uma história linda para contar. Para se orgulhar. Para sempre.
O jogo
O Afogados adotou uma postura digna da partida mais importante da curta história do clube. Respeitando o Atlético-MG, mas sem se acovardar. Com três volantes, a estratégia adotada pelo técnico Pedro Manta era o de tentar bloquear ao máximo os ataques do adversário, mas sempre que tivesse a posse de bola, adotar uma postura vertical, de buscar o ataque e finalizar sempre que possível. E foi isso que a Coruja fez no primeiro tempo.
Dessa forma, os donos da casa chegaram a incomodar o Atlético-MG, principalmente nos 20 minutos iniciais. O problema era que, muitas vezes, a rapidez em tentar concluir as jogadas era confundida com afobação e isso facilitou o trabalho defensivo do Galo.
Um lance que exemplifica esse contexto ocorreu aos 14 minutos, quando o atacante Diego Ceará encontrou campo livre para avançar, entrar na área, mas finalizou mal, para fora, desperdiçando a melhor oportunidade do primeiro tempo.
Segundo tempo
O Atlético-MG, finalmente, conseguiu impor a sua superioridade técnica nos minutos iniciais.
Já o Afogados, mais retraído, passou a investir mais em contra-ataques e lances esporádicos. Aos 16 minutos, o meia Candinho limpou o zagueiro Iago Maidana e mandou um belo chute de fora da área, sem defesa para o goleiro Michael, abrindo o placar.
A alegria sertaneja, no entanto, durou pouco. Aos 20 minutos, após confusão na área, a zaga do Afogados não conseguiu cortar e Gabriel empatou a partida. Logo em seguida, o zagueiro Márcio foi expulso por falta violenta, deixando os donos da casa com um jogador a menos.
Com o Afogados com um jogador a menos, sem seu principal articulador e o Atlético-MG com uma postura mais ofensiva, o cenário desenhava os minutos finais de pressão do Galo. Mas não foi exatamente o que aconteceu. Aos 27 minutos, o atacante Philip chutou cruzado para fazer um golaço. Porém, ainda havia muito tempo a ser jogado.
Novamente atrás do marcador, Dudamel colocou em campo o experiente atacante Ricardo Oliveira. E no seu primeiro toque na bola, o artilheiro empatou mais uma vez para o Atlético-MG. A decisão seria nos pênaltis.
E a disputa foi longa. Com direito ao Afogados perder as duas primeiras batidas. No fim, vitória por 7 a 6.
ATUAÇÕES - Afogados
Wallef 7
Jáder 5
(Rodrigo) -
Márcio 6
Heverton Luís 6
Thalyson 5,5
Douglas Bomba 6
Eduardo Erê 6
Diego Telles 6
Candinho 7,5
(Willian Gaúcho) -
Philip 8
Diego Ceará 6
Ficha
Afogados 2 (7)
Wallef; Jáder (Rodrigo), Márcio, Heverton Luís e Thalyson; Douglas Bomba, Eduardo Erê, Diego Telles e Candinho (William Gaúcho); Phillip e Diego Ceará. Técnico: Pedro Manta.
X
Atlético-MG 2 (6)
Michael; Maidana (Savarino), Igor Rabelo e Gabriel; Guga, Jair (Ricardo Oliveira), Allan, Otero e Guilherme Arana; Hyoran e Franco di Santo (Natan). Técnico: Rafael Dudamel.
Local: Estádio Vianão, em Afogados da Ingazeira. Árbitro: Sávio Pereira Sampaio (DF) Assistentes: José Reinaldo Nascimento Júnior e Lehi Sousa Silva (ambos do DF) Gols: Candinho, aos 16 min; Gabriel, aos 20 e Philip, aos 27 min; Ricardo Oliveira, aos 33 min do 2º Cartões amarelos: Márcio, William Gaúcho, Rodrigo (AF), Gabriel, Alan (A) Expulsão: Márcio (AF) e Hyoran (AT) Nos pênaltis: Otero, Ricardo Oliveira, Savarino, Guga, Guilherme Arana, Igor Rabelo (converteram para o Atlético-MG), Allan, Natan. Gabriel (perderam); Thalyson, William Gaúcho, Phillip, Rodrigo, Eduardo Eré, Diego Telles, Heverton Luís (converteram para o Afogados), Diego Ceará, Douglas Bomba, (perderam para o Afogados)